Publicação fixa: Argumentos lógicos X tratados teológicos

Meus textos questionando o sistema religioso e as mentiras do cristianismo são sempre com argumentos de raciocínio lógico, porque para mim vale o que está escrito sem interpretações humanas, sem oráculos para traduzir o texto... Continue lendo.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Perdão e restituição

Relacionado com outros textos sobre perdão

"Se o seu irmão pecar, repreenda-o e, se ele se arrepender, perdoe-lhe. Se pecar contra você sete vezes no dia, e sete vezes voltar a você e disser: 'Estou arrependido', perdoe-lhe'." Lucas 17.3,4 [grifos meus]

"Se alguém pecar, cometendo uma ofensa contra o Eterno, enganando o seu próximo no que diz respeito a algo que lhe foi confiado ou deixado como penhor ou roubado, ou se lhe extorquir algo, ou se achar algum bem perdido e mentir a respeito disso, ou se jurar falsamente a respeito de qualquer coisa, cometendo pecado; quando assim pecar, tornando-se por isso culpado, terá que devolver o que roubou ou tomou mediante extorsão, ou o que lhe foi confiado, ou os bens perdidos que achou, ou qualquer coisa sobre a qual tenha jurado falsamente. Fará restituição plena, acrescentará a isso um quinto do valor e dará tudo ao proprietário no dia em que apresentar a sua oferta pela culpa.” Levítico 6.2-5

“Mas Zaqueu levantou-se e disse ao Messias: ‘Olha, Senhor! Estou dando a metade dos meus bens aos pobres; e se de alguém extorqui alguma coisa, devolverei quatro vezes mais’ ". Lucas 19.8

Era uma vez um profeta. Assim como os profetas da Bíblia, que foram perseguidos, presos e mortos, este também foi perseguido. Alguns de seus familiares resolveram se unir para prejudicar o profeta. Movidos pela inveja atacaram ferozmente uma criança muito pequena que era assistida pelo profeta. Pensaram que assim estariam atingindo o profeta. Mas a verdadeira vítima dessa história foi a criança inocente e indefesa. O profeta sofreu, ficou triste, chorou, mas sua vida continuou. E a criança, infelizmente, foi roubada de tudo o que tinha como referencial, casa, cama, boa comida, boa educação. E agora? Como perdoar?

Sim, o profeta até pode perdoar se houver arrependimento. Mas perdoar não é tudo aqui. O correto seria a restituição de tudo o que roubaram da criança. Restituição não é só de roubo de dinheiro ou um objeto. É também de mentira, difamação.

Há casos em que só arrependimento e pedido perdão são suficientes, mas há casos em que deve haver restituição do que foi roubado. E enquanto isso não acontecer, a comunhão não pode ser possível novamente.

P.S.: Como eu disse em outro post: "Engana-se quem pensa que pode maltratar e ser cruel com um dos pequeninos do Eterno e não sofrer castigo. Não podemos zombar do Eterno e a vingança pertence a ele. Ele é justo e com certeza está olhando pelas crianças. E ai daqueles que fizerem sofrer um incapaz. Eu não queria estar na pele deles quando o Eterno começar a pesar a mão sobre eles. E nisso fica muito claro o texto que já citei: ‘Não se deixam enganar: do Eterno não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá.’ ” (Gálatas 6.7). E também este outro: “Pois conhecemos aquele que disse: ‘A mim pertence a vingança; eu retribuirei’; e outra vez: ‘O Eterno julgará o seu povo’. Terrível coisa é cair nas mãos do Eterno!” (Hebreus 10.30,31).

Saindo do deserto e subindo o monte

Publicado originalmente em 28/11/2008

Depois da grande provação que passei e que já falei aqui sobre isso, sinto que estou saindo do deserto e subindo o monte. Algumas decisões, algumas palavras, uma oração de entrega marcaram essa transição e alguns “amigos de Jó” me ajudaram a confirmar que foi uma provação. A decisão de subir o monte foi fundamental. E a oração de entrega de tudo e todos nas mãos do Pai trouxe a paz que faltava há meses.

A certeza de que era prova e de que estava chegando ao fim foi uma resposta. E uma das coisas que me fizeram ter essa certeza foi entender o porquê de ter sido abandonada por quase todos. E aí pude aprender mais uma característica de provação: muitos nos viram as costas, como se estivessem cegos e não vissem quem está falando a verdade. Até aqueles que sabiam da verdade, até esses nos abandonaram. Mas enfim, a prova está acabando.

Não sei se fui aprovada em tudo. Mas estou sentindo paz e sentindo cheiro de coisas novas chegando. Quando entendi a causa da dor, quando ouvi o Pai dizendo que não era consequência de pecado e que era realmente uma provação, a paz chegou.

A prova foi difícil, muito difícil. A mais difícil que já fiz na vida. Mas aprendi muitas lições.

Aprendi que a gente só sabe o quanto dói quando sente na própria pele. Sempre ouvi histórias de pessoas traídas por amigos, por familiares, mas não podia entender a dor delas. Agora entendo. Às vezes até critiquei aqueles que se afastavam das reuniões, das festinhas, porque estavam tristes com alguém. Entendia perdão como a maioria entende e acreditava que perdoar é fingir que nada aconteceu. Hoje entendo que não é assim. Mas precisei passar por uma dor profunda para entender essas pessoas. Hoje eu as entendo. E como entendo. Como o Eterno transforma sempre a maldição em bênção, tenho certeza de que passei por tudo isso porque Ele vai me trazer pessoas com a mesma dor para eu poder compartilhar e ajudar.

O plano dos inimigos foi quase perfeito. Usaram fofoca e mentiras para que ficassem contra mim. E assim foram plantando a semente, foram preparando terreno para o ataque final. E um dia a prova começou, como um furacão, tão rápido que não deu tempo de reagir. E todos que já estavam preparados se voltaram contra mim, porque tinham um “motivo” para me condenar. Na hora não entendi muito bem o que estava acontecendo. Não sabia de toda a história. Mas com o tempo tudo veio à tona, muitas mentiras, artimanhas, calúnias e traições. E de uma hora para outra o mundo desabou.

O ataque foi tão violento que beira á crueldade. Creio que não imaginam a dor que causaram. E aí comecei a me ver sozinha, porque poucos me apoiaram, muito poucos. Ninguém veio perguntar o que houve, fui condenada sem ser ouvida. Acreditaram em pessoas que já tinham o hábito de mentir e ninguém quis saber da minha parte da história. E passei a ser tratada como se eu fosse a traidora e não a traída. É como se de repente eu estivesse com uma doença contagiosa e todos se afastassem de mim, com medo. Se eu não soubesse que isso é sobrenatural, poderia pensar que enlouqueci.

No meio do turbilhão de pensamentos que invadem a nossa mente no dia seguinte ao furacão e que ficam martelando na nossa cabeça dia e noite, meses e meses, ficava tentando justificar as pessoas. Será que aconteceu mesmo? Não foi invenção? Não estou julgando? Mas a razão prevalecia e eu me dizia: Não, eles fizeram, não imaginei ou inventei, ou foi um pesadelo, aconteceu mesmo. E nem foi algo que alguém me contou. Não, eu vivi aquilo, eles realmente fizeram tudo isso. E doeu, doeu demais. É uma dor insuportável, muito pior que a morte de alguém muito querido.

E agora, quando sou forçada a reviver isso tudo, penso novamente nas lições sobre perdão que tenho aprendido e já escrevi aqui. E entendo que aprendemos errado. Ouvi muitas vezes as pessoas aconselharem alguém que foi traído que deveria voltar a ter comunhão com o traidor, que deveria esquecer. Mas hoje sei que isso é fingir que nada aconteceu, então seria uma mentira. Porque, como escrevi nos textos sobre perdão, ninguém reconheceu que errou, não houve arrependimento de quem traiu.

Enfim, na minha Bíblia não encontro um texto que me diz que devo fingir que nada aconteceu. Nem vejo o Pai perdoando alguém que não se arrepende. Nem vejo o pai indo ao encontro do filho pródigo, mas sim, vejo que ele ficou esperando o filho se arrepender, voltar para casa e pedir perdão, e aí o relacionamento foi restaurado. O que a Bíblia diz é que devemos perdoar se a pessoa se arrepender.

Mas então comecei a subir o monte. O monte da avaliação, da restauração, da restituição, da consagração. Entrei em um momento de reclusão para ouvir o Pai, para ser curada, para receber o bálsamo e receber a direção do que virá depois disso. Tomei a decisão de me afastar de tudo para subir o monte e vivi momentos tremendos. Pude ouvir o Pai falar comigo novamente. Entrei em um momento novo, de mais autoridade, fortalecida.

Antes do início da subida do monte recebi a notícia de que meu primeiro livro estava esgotado e a segunda impressão já está na editora e nas livrarias. Motivo de muita gratidão ao Pai. Toda honra seja dada ao Eterno.

Ainda não posso dizer que a vitória está completa, mas sinto que ela está bem próxima. E o monte contribuiu para que isso aconteça.

O monte foi momento de olhar para trás e avaliar o que ainda não ficou totalmente esclarecido. Avaliar se ainda há algo a confessar, pedir perdão. Sim, porque nesse tempo todo houve vários momentos meus de confissão, mas se ainda há alguma coisa, quero renunciar. O monte foi lugar de reclusão, um lugar de silêncio de outras vozes para poder ouvir somente o Pai.

E eu decidi subir o monte.

Dica de vídeo: Igreja ou circo



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terça-feira, 28 de junho de 2011

Desabafo sobre a Lei não ter sido abolida

‎"Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos." João 14.15. Mas é obedecer a TODOS os mandamentos, inclusive guardar o sábado e não comer animais impuros. Não se pode escolher alguns para obedecer e outros para ignorar. A Lei não foi abolida. Ou então rasgue o chamado Antigo Testamento e jogue fora. Ah, rasgue os evangelhos também e siga apenas a má interpretação e deturpação que fizeram das cartas de Paulo.

Leia Culpado de TODA a Lei? Será?

Recebi este comentário no Orkut e resolvi compartilhar com vocês também:

Amiga: "Oi Débora! Sabe que ha algum tempo que tenho me sentido incomodada com essa situação? Mas não sei como mudar isso. Como foi com vc? Teu marido teve esse mesmo entendimento? Me conte como foi!"

Eu: "Oi, amiga. Fico feliz em saber que o Espírito Santo está te incomodando. Tenho compatilhado a mudança na nossa vida no blog, tem uma postagem com indicação de vários textos, se puder ler, o título é Saiba o que, como e porque minha vida mudou. Nós começamos esse processo há anos, mas foi devagar, sem cobrança, sem rituais, sem religiosidade, sem peso. Apenas vamos ouvindo e procurando obedecer. Se um entende primeiro, não fica pressionando o outro, mas apenas compartilhamos o que tem nos incomodado e aí acabamos chegando a um acordo. Eu só fui radical, redundância, rsrs, na questão da comida, lógico, porque sou eu quem cozinho, então eu disse que não comeria e nem faria animais impuros, mas se ele quisesse comer em outro lugar, tudo bem, ou se quisesse fazer, rsrs, ok também, só que eu parei de comer e de preparar, ou seja, paramos até de comprar. Mas depois ele também parou de comer até em outros lugares e hoje estamos juntos nisso, um apoiando e até alertando o outro. Mas tudo sem estresse, sem pressão. O nosso problema são os familiares e amigos evangélicos, que não respeitam nossa mudança. Eles zombam, criticam, afrontam, é muito triste. Somos considerados hereges etc. Mas o Messias disse que seríamos perseguidos... e entendo que a perseguição dói mesmo quando vem dos mais chegados... enfim, esse é o preço por querermos obedecer. O resultado é que temos nos afastado de pessoas que eram chegadas, quando percebemos que nossa presença não é bem-vinda ou nossa decisão não é respeitada. Temos passado algumas situações difíceis. Os evangélicos nos tratam como se tivéssemos doença contagiosa. Mas isso tudo não é nada diante da paz e da certeza de estar no caminho certo. Vale a pena cada afronta. E assim vamos vivendo, um dia de cada vez."


P.S.: "E veja como ele descreve o homem perdido aqui, ele diz: 'Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade'. Em grego, anomia. Uma partícula negativa 'a', não/sem, mais a palavra 'nomos', lei = não lei/sem lei. E é isto que significa, deixe-me dar-lhe uma tradução mais precisa: 'Apartai-vos de mim de mim, vocês que dizem ser meus discípulos, que me confessam como Senhor, porém vivem como se eu nunca tivesse lhes dado uma Lei para obedecer'. Eu acabo de descrever a grande maioria dos cristãos. Se alguém começa a falar de Lei, se alguém começa a falar de princípios bíblicos, sobre o que devemos fazer e o que não devemos fazer, todos começam a exclamar: 'Legalista, legalista'. Mas Jesus disse: 'Apartai-vos de mim, vocês que viveram me chamando de Senhor, contudo viveram como se eu nunca tivesse lhes dado uma Lei para seguirem'." Paul Washer

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Não troquei de religião, mas saí de todas elas

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Dica de leitura: Gente carente conversa até com serpente

"Adaptei a frase que ouvi outro dia que assim dizia: “mulher carente conversa até com serpente”. Apesar de saber que nós mulheres somos seres que gostam de verbalizar sem economias os pensamentos e sentimentos... não compartilho do reducionismo da frase tanto na vida dita real, como na vida virtual. ..."
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terça-feira, 7 de junho de 2011

Receitas e dicas 38: O mel e a canela

Há cerca de um ano uma amiga me falou sobre a combinação e disse que bebia uma colher de mel com canela todos os dias para prevenir gripes e resfriados. Fui pesquisar na internet e descobri vários sites sobre o assunto. E passei a beber mel com canela quase todos os dias também. 
Eu faço assim: já deixo a mistura pronta em um recipiente e é só colocar na colher, fica mais fácil que misturar na hora. Não sei se fez efeito contra gripe, mas me senti bem mais disposta depois que passei a consumir a mistura.
Quem quiser saber mais, segue a dica de um dos textos que encontrei:

"O MEL E A CANELA
 Qual é o único alimento que não estraga?
O mel de abelhas.
A mistura de mel e canela cura a maioria das doenças.
O mel é produzido em quase todos os países do mundo.
Apesar de ser doce, a ciência demonstrou que, tomado em doses normais como medicamento, o mel não faz mal aos diabéticos.
A revista 'Weekly World New', do Canadá, na sua edição de 17/01/1995, publicou uma lista das doenças que são curadas pelo mel, misturado com canela."

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Dica de leitura: Depoimentos sobre shabat

"Procuramos reproduzir alguns diálogos reais na sua integralidade, para que todos possam entender a dimensão que isto pode tomar com sua renovação pessoal quando optam pelo obedecer ao Shabat."
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Dica de leitura: A narrativa e a verdade bíblica: combatendo a confusão teológica

"Recentemente uma pessoa veio me perguntar o que eu achava a respeito do dom de línguas, tal qual é praticado nos meios neo-pentecostais. Evidentemente que tenho uma opinião formada a respeito do que dizem as Escrituras, mas respondi o seguinte: De que adiantaria eu te dar apenas minha opinião pessoal? Afinal, já vi pessoas muito persuasivas defendendo o dom, e outras igualmente capazes condenando-o."