Vamos pensar juntos.
Ainda que Paulo estivesse falando mesmo sobre graça que não precisa cumprir a Lei (Torah ou Pentateuco). Ainda que não houvesse tanta falta de conhecimento sobre Paulo e também não houvesse tanta interpretação errada sobre o que ele escreveu. Ainda que tivéssemos acesso às cartas que as igrejas e pessoas escreveram para Paulo (porque só temos as respostas dele, não temos as perguntas).
Ainda assim, você acredita mesmo que Paulo teria autoridade suficiente para abolir uma Lei que o Eterno decretou? Imagine se o Eterno iria criar uma Lei com tantos detalhes, até sobre higiene, com tanta intensidade e minúcias, para depois alguém abolir a Lei sem dizer claramente que a Lei estava sendo abolida pelo próprio Eterno. Se o Pai foi tão criterioso para decretar a Lei, você acredita mesmo que ele iria revogá-la assim, de uma maneira tão sutil?
Eu acredito realmente que não. A Lei não foi abolida.
Se o próprio Jesus NÃO aboliu a Lei, se ele mesmo disse que não veio para revogar a Lei, mas completá-la, por que então Paulo teria essa autoridade?
Entre Paulo, ou o que interpretaram dele, e o Eterno, fico com o Eterno.
P.S.1: "E veja como ele descreve o homem perdido aqui, ele diz: 'Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade'. Em grego, anomia. Uma partícula negativa 'a', não/sem, mais a palavra 'nomos', lei = não lei/sem lei. E é isto que significa, deixe-me dar-lhe uma tradução mais precisa: 'Apartai-vos de mim de mim, vocês que dizem ser meus discípulos, que me confessam como Senhor, porém vivem como se eu nunca tivesse lhes dado uma Lei para obedecer'. Eu acabo de descrever a grande maioria dos cristãos. Se alguém começa a falar de Lei, se alguém começa a falar de princípios bíblicos, sobre o que devemos fazer e o que não devemos fazer, todos começam a exclamar: 'Legalista, legalista'. Mas Jesus disse: 'Apartai-vos de mim, vocês que viveram me chamando de Senhor, contudo viveram como se eu nunca tivesse lhes dado uma Lei para seguirem'." Paul Washer
P.S.2: Diferente do que ensinam, a Torah (Pentateuco) não é impossível de cumprir, o próprio Eterno disse isso, veja:
"Vocês obedecerão de novo ao Eterno e seguirão todos os seus mandamentos que lhes dou hoje.
Então o Eterno, o seu Pai, abençoará o que as suas mãos fizerem, os filhos do seu ventre, a cria dos seus animais e as colheitas da sua terra. O Eterno se alegrará novamente em vocês e os tornará prósperos, como se alegrou em seus antepassados, se vocês obedecerem ao Eterno, ao seu Pai, e guardarem os seus mandamentos e decretos que estão escritos neste Livro da Lei, e se se voltarem para o Eterno, para o seu Pai, de todo o coração e de toda a alma.
O que hoje lhes estou ordenando não é difícil fazer, nem está além do seu alcance.
Não está lá em cima no céu, de modo que vocês tenham que perguntar: 'Quem subirá ao céu para consegui-lo e vir proclamá-lo a nós a fim de que lhe obedeçamos?'
Nem está além do mar, de modo que vocês tenham que perguntar: 'Quem atravessará o mar para consegui-lo e, voltando, proclamá-lo a nós a fim de que lhe obedeçamos?'
Nada disso. A palavra está bem próxima de vocês; está em sua boca e em seu coração; por isso vocês poderão obedecer-lhe." [grifos meus] Dt30.8-16
Leia também:
Sobre os alimentos impuros
Foto: http://teshuva.com.br/
Vamos continuar pensando sobre a Lei.
Sempre que falo que não como carne de porco, camarão e outros animais que a Lei proíbe, ouço a frase feita sobre o episódio dos animais no lençol na visão de Pedro: "Não torneis impuro o que eu purifiquei" (Atos 10).
Primeiro, o contexto não é sobre comida, de jeito nenhum.
Segundo, ainda que fosse sobre comida, o Eterno não disse que ele purificou TODOS os animais que eram impuros, ele teria purificado APENAS aqueles do lençol, aqueles que ele mandou Pedro matar e comer.
Terceiro, ainda que fosse mesmo sobre comida, interessante é que o texto não diz que Pedro comeu. O lençol foi recolhido ao céu e ele entendeu o significado da visão e foi obedecer, indo à casa de Cornélio.
Sempre que falo que não como carne de porco, camarão e outros animais que a Lei proíbe, ouço a frase feita sobre o episódio dos animais no lençol na visão de Pedro: "Não torneis impuro o que eu purifiquei" (Atos 10).
Primeiro, o contexto não é sobre comida, de jeito nenhum.
Segundo, ainda que fosse sobre comida, o Eterno não disse que ele purificou TODOS os animais que eram impuros, ele teria purificado APENAS aqueles do lençol, aqueles que ele mandou Pedro matar e comer.
Terceiro, ainda que fosse mesmo sobre comida, interessante é que o texto não diz que Pedro comeu. O lençol foi recolhido ao céu e ele entendeu o significado da visão e foi obedecer, indo à casa de Cornélio.
E o mais interessante ainda desse texto é que Pedro, apóstolo de Jesus, que vivia no tempo da graça, como gostam de dizer, declarou com TODAS as letras que obedecia à Torah, porque ele disse que jamais comeu algo impuro ou imundo.
Decididamente é muita forçação de barra, como diriam os adolescentes, dizer que esse texto autoriza comer os animais impuros. Muita mesmo.
Novamente repito que o Eterno não iria revogar uma Lei tão grande e importante de uma forma tão sutil como uma VISÃO de um lençol cheio de animais.
Definitivamente, a Lei não foi abolida.
P.S.: E minha amiga Lígia ainda observa que Pedro não comeria uma VISÃO.
E meditando sobre o assunto, lembrei das inúmeras vezes que ouvi, na EBD ou em sermões, ensinarem que não se deve criar doutrinas com base em um livro histórico como Atos. Se não devemos criar doutrinas, também não devemos considerar o mandamento da alimentação bíblica abolido por uma experiência em um livro histórico. Precisamos ser coerentes.
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