Publicação fixa: Argumentos lógicos X tratados teológicos

Meus textos questionando o sistema religioso e as mentiras do cristianismo são sempre com argumentos de raciocínio lógico, porque para mim vale o que está escrito sem interpretações humanas, sem oráculos para traduzir o texto... Continue lendo.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Trechos de 'Um ano bíblico'

Up. Publicado originalmente em 30/ago/2011

Trechos do livro Um ano bíblicode A.J. Jacobs:

“Parece que na Israel antiga – antes de os romanos assumirem – ninguém pagava impostos propriamente ditos. Os dízimos eram os impostos. E o sistema de dízimos era tão complicado quanto um formulário de declaração de imposto de renda. Repartia-se com os sacerdotes, com os mantenedores do templo, com o próprio templo em si, com os pobres, as viúvas e os órfãos. Portanto, suponho que, ao menos por enquanto, é provável que dar o dízimo após os impostos esteja certo.”

“Saio cedo da reunião – devo cuidar do meu filho –, mas retorno na semana seguinte para bater um papo com Ken. Ele me explica que sua jornada em direção ao ateísmo começou quando, ainda criança, descobriu que Papai Noel não podia existir.
— Simplesmente não era viável entregar todos aqueles presentes. Isso foi bem antes de surgir o FedEx.
Assim, Ken percebeu a falsidade do Papai Noel devido a falhas de logística.
— Comecei a me perguntar: o que mais eles estão me contando que não pode ser verdade? – continua.”

Percebi que estava me parecendo com o que se conhece em hebraico como um chassid shote. Um idiota correto. No Talmude há uma história a respeito de um homem piedoso que não salvaria uma mulher que estivesse se afogando porque temia estar quebrando a proibição de não tocar em mulher. O exemplo supremo de um tolo religioso.
A moral da história é a mesma da parábola de Jesus sobre o Bom Samaritano: não se deixe prender tanto às regras a ponto de esquecer das coisas mais importantes, como a compaixão e o respeito pela vida. O idiota correto é como a Bíblia cristã chama o fariseu – um dos santarrões hipócritas e legalistas que criticavam os seguidores de Jesus por colher grãos de trigo durante o sábado judaico.”


“Levei três segundos para comer cada cereja. Três segundos para comer, mas pelo menos cinco anos para serem produzidas. Parecia injusto com relação ao trabalho duro da cerejeira. O mínimo que eu podia fazer era dedicar toda minha atenção à cereja durante aqueles três segundos, realmente apreciando a acidez da casca e o ruído de quando tritura a fruta. Acho que isso se chama estar cuidadosamente atento, ou estar presente àquele momento, ou ainda tornar o mundano sagrado. Seja o que for, estou fazendo mais disso. Assim como a ridícula e enorme lista de agradecimentos para o meu homus tahine, o tabu das frutas me fez ficar mais consciente de todo o processo de produção, da semente, do solo, dos cinco anos regando e aguardando. Eis o paradoxo: eu pensava que a religião me faria viver mais com a cabeça nas nuvens, mas na maioria das vezes ela me prende a este mundo.”

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Crítico profissional

Up. Publicado originalmente em 2008

"Procurar interpretar as coisas sem examiná-las é um escudo muito popular entre os covardes." Rick Joyner

"Mas eles difamam o que desconhecem e são como criaturas irracionais, guiadas pelo instinto, nascidas para serem capturadas e destruídas; serão corrompidos pela sua própria corrupção! Eles receberão retribuição pela injustiça que causaram." 2Pedro 2.12,13a

Você confiaria em um crítico de cinema que não assiste aos filmes que critica? Ou em um crítico de restaurante que não come nos restaurantes que avalia? E mais, você daria crédito a um crítico sobre um assunto específico que tenha lido apenas um único livro sobre o assunto? Ninguém daria, certo?

Então, por que alguns têm dado ouvidos a pessoas do tipo não-comi-e-não-gostei, não-li-e-não-gostei, não-conheço-e-não-gosto?

Sim, porque muitas pessoas estão fazendo isso. Alguém não concorda com alguma coisa, que ouviu de outro alguém que não concorda também, que por sua vez ouviu de outro alguém que não sabe nada do assunto, mas não gosta. E assim, cria-se uma teoria de que aquela coisa não é boa. Infelizmente é assim que tem acontecido e as pessoas estão dando crédito a qualquer um.

Quando se quer uma opinião sobre algum assunto, procuramos um especialista, alguém que estudou, que dedicou a sua vida a esse tema. Mas quando se trata de boatos, empresta-se os ouvidos a quem que não tenha autoridade sobre o assunto.

Para ser crítico profissional, a pessoa deve estudar bastante o assunto e afins. Deve pesquisar, conhecer a fundo seu objeto de crítica. E a pessoa passa a ser uma autoridade no assunto.

Sendo assim, se alguém quer ser "crítico profissional" de um grupo, deveria se dedicar a estudar esse grupo. Estudar mesmo, e não ir apenas uma vez em uma reunião e sair dizendo que sabe tudo sobre o assunto e falando mal daquele ministério. Deveria ler todos os livros que eles indicam, deveria ser assíduo e não um simples visitante. Deveria entrevistar as pessoas, ouvir os dois lados quando houver opiniões diferentes. Para ser crítico mesmo, de verdade, com autoridade, a pessoa deveria até fazer parte da liderança daquele grupo. Assim, provavelmente ela poderia ter autoridade para emitir sua opinião.

Mas esse "crítico profissional" não poderia deixar-se contaminar com mágoas pessoais. Se ele sair desse grupo por ter se sentido ofendido ou injustiçado, ele não pode ser um "crítico profissional". Sabe-se que não há ninguém totalmente imparcial, não é disso que estamos falando. O crítico vai falar com base no seu gosto pessoal, óbvio. Mas ele não pode estar contaminado por mágoa, ressentimento ou amargura. Sua opinião estará também contaminada. Não terá o mesmo crédito e nem a mesma autoridade que deveria ter.

Pense nisso da próxima vez que alguém falar mal de um grupo ou de uma pessoa para você. Pense se esse alguém tem autoridade para falar do assunto. Pergunte quantos livros ele leu, quantas reuniões ele foi e quantos quilos de sal ele comeu junto com a pessoa de quem ele está falando. Depois verifique se não há mágoa junto com a opinião.

Então, faça a oração que sempre faço: "Pai, confirme se isto é verdade. Prove para mim se estou certa ou errada. Revela-me a verdade." E esqueço o assunto. Espero. E o Eterno sempre manda a confirmação. Mesmo que seja um ano depois, Ele manda.

Mas se você quiser se tornar um "crítico profissional" e sair emitindo sua opinião para outras pessoas, tentando convencê-las, não fique com a opinião de outra pessoa. Investigue você mesmo, com seus próprios olhos. Mergulhe no assunto. Estude, pesquise, conheça de fato. E ore para que o Eterno te dê discernimento.

Se não você vai se tornar "um cego guiando outro cego", e vai ser mais um que julga os outros, mais um maledicente, mais um espalhador de penas, que depois de espalhadas ao vento, ninguém consegue reunir novamente.

Antes de criticar, faça o dever de casa:
1 - Quantos especialistas no assunto você entrevistou, ouviu com o coração aberto, entendeu seus questionamentos?
2 - De quantas reuniões de grupos diferentes sobre o assunto você participou?
3 - Quantos livros e artigos sobre o assunto você leu?
4 - Quantas palestras sobre o assunto você ouviu?

Leia também

Receitas e dicas 60: Cream cheese caseiro

Tudo começou quando passei a fazer iogurte caseiro e na mesma época comecei a ver em alguns blogs de culinária sobre iogurte grego, e também surgiram os iogurtes gregos no mercado brasileiro.

Em um dos blogs vi a receita para fazer iogurte grego em casa, que nada mais era do que colocar o iogurte normal (caseiro ou de mercado mesmo) em um coador para escorrer o soro. O blog mandava colocar em coador de café de papel, mas comigo não deu certo, o papel rasgou, foi um desastre. Outra dica era coar em um pano de prato limpo, mas aí juntei as duas dicas: coador de café de pano, lógico. E fiz marido rodar os mercados procurando aquele coador tipo Melitta, que não é de tecido de algodão, é de poliéster, e tem o o formato do coador de papel, e eu queria porque queria aquele. E depois de alguns mercados, marido encontrou o coador. Santo marido! Se não fosse ele minha cozinha não seria a mesma, além de palpiteiro, ele tem a missão de comprar os ingredientes difíceis.

Voltando ao coador, esse coador fica separado apenas para coar o iogurte e lavo sempre muito bem e ainda deixo de molho na água com vinagre depois de usar.

E voltando ao cream cheese, foi tentando fazer o iogurte grego que descobri o meu cream cheese caseiro. É que depois que o soro escorreu bem e fui tirar do coador, percebi uma consistência maravilhosa de cream cheese, e o que seria iogurte grego virou uma pastinha de gorgonzola com azeite. E pronto, depois disso metade do meu iogurte caseiro sempre vira cream cheese, que vira pastinha de gorgonzola, ou vira ingrediente para pão de queijo, ou vira um simples cream cheese com sal e azeite.

Bem, depois da minha "invenção", fui pesquisar cream cheese caseiro e descobri que não fui a primeira a fazer isso. É, não foi dessa vez que vou patentear uma invenção, rsrsrs.

Ah, e o soro do iogurte uso para substituir uma parte da água do pão caseiro, ou uma parte do leite do bolo, e para colocar grãos de molho.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

O que mudou depois da teshuvah

Este texto é a introdução do livro Libertação é teshuvah

O que mudou depois da teshuvah?


“A experiência que tive nos momentos de comunhão com o Eterno tornou repulsivas todas as coisas que não estavam de acordo com Ele.” Frank Laubach
"O homem que tem uma experiência nunca ficará à mercê daquele que só tem argumentos." "Então, eu tive aquele encontro com o Eterno do qual nunca me recuperei". Tommy Tenney



Quem acompanha meu blog pode estar pensando que não creio em mais nada sobre libertação ou que abandonei tudo que escrevi no meu livro depois que comecei a fazer o retorno à Torah, teshuvah. Mas não é nada disso. Praticamente tudo do meu livro eu ainda creio e sigo. Mudou muito pouca coisa. Porque libertação tem tudo a ver com teshuvah, com retorno à Torah. Inclusive na Torah tem até um dia inteiro por ano para fazer uma faxina espiritual, que é Yom Kipur, o Dia do arrependimento. Então, confessar pecados tem tudo a ver com Torah.

Sim, alguma coisa realmente mudou. E uma delas é o entendimento sobre dízimo e vou falar mais à frente sobre isso. Mudou também o entendimento sobre conquista de cidades. Isso mudou radicalmente. Não creio mais em unidade dos evangélicos. E o último evento de intercessores que participei foi a gota d'água para que eu perdesse a fé em rede apostólica, torres de oração etc.

Eu era militante de conquista de cidades. Os vídeos Transformações eram uma inspiração e sonho. Comecei a campanha Um minuto pelo Rio e inciei uma torre de oração na minha região. Enfim, eu era ativista de carteirinha de unidade e transformação.

Mas quando comecei a fazer teshuvah de maneira mais completa, algumas coisas começaram a me incomodar. Uma delas foi sobre alimentação, e isso ficou muito claro em um evento interdenominacional que participei e fiquei quase sem ter o comer no almoço, porque em quase todos os pratos servidos havia carne de porco (linguiça, presunto etc), esse incidente está relatado no meu blog.

A cada reunião da torre que eu participava e cada e-mail sobre o assunto que eu recebia, ia ficando mais e mais inquieta sobre essa questão da unidade. Eu não me sentia em unidade com pessoas que rejeitavam a Torah por inteiro, que só aceitavam uma parte da Torah e rejeitavam a outra parte. Não conseguia mais orar junto com eles, não conseguia mais concordar com suas orações.

E hoje não creio mais em unidade. Não nessa unidade que os evangélicos pregam. Porque eles acham que unidade só engloba os evangélicos de uma única linha de pensamento. Mas há evangélicos que seguem outros mandamentos da Torah e que não são seguidos pela maioria, como alimentação e guarda do sábado. Mas esses são excluídos da unidade. E os judeus-messiânicos nem são citados ou convidados para essa suposta unidade.

E hoje para mim, unidade tem outro sentido completamente diferente. Para mim a Torah é a unidade. Eu creio na unidade com Israel, com as festas bíblicas e não pagãs, com o cumprimento da Torah.

Por isso não creio mais em conquista de cidades ou torre de oração. Por isso cancelei a torre que dirigia e não participei mais dos eventos de intercessores. Hoje entendo que nossa unidade com Israel é o retorno à Torah. A Torah é essa unidade e é nisso que creio hoje.

Ainda creio em libertação, mas, como acreditava antes e hoje mais ainda, sou totalmente a favor da autolibertação, sem intermediários. E mais ainda sou contra o exorcismo e ministério do "sai-sai". E mais ainda sou contra o misticismo, os efeitos hollywoodianos e outras práticas estranhas, com muita alma e pouca razão.

E teshuvah sem libertação não funciona. Não adianta apenas parar de fazer as coisas erradas e passar a fazer as certas, não adianta começar a cumprir a Lei e não consertar o passado, ou seja, o início da teshuvah deve ser a libertação, confessar os pecados do passado, reconhecer que errou, e então, depois de confessar, começar o processo de teshuvah, do retorno à Torah, de obediência às leis do Eterno. Teshuvah e libertação devem caminhar juntas.

E estou em busca de toda a verdade e não parte dela. Nesse processo de teshuvah e desconstrução que estou vivendo observei algumas coisas interessantes sobre a verdade.

Nas nossas leituras, pesquisas e muita conversa com o Eterno, percebemos que parece que a verdade foi espalhada pelos vários grupos religiosos, cada um tem uma parte pequena da verdade. Como assim?

Por exemplo, alguém no passado teve a revelação de 10% da verdade e isso começou a aquecer seu coração. Então ele criou um grupo para ensinar a revelação que teve, mas ela não é toda a verdade, é apenas 10%. Como ele não tem os outros 90% da verdade, isso eu que acho, ele inventa um monte de regras e fórmulas humanas – e muitas de inspiração duvidosa. E assim foram criados vários e vários grupos religiosos. Cada um tem uns 10% da verdade, mas não tem humildade para reconhecer os 10% de cada um dos outros grupos e assim completar os 100%.

E a parte cômica e trágica disso é que cada um passou a se achar o dono de toda a verdade e dizer que os outros são hereges, seitas etc etc.

Por isso hoje não me encaixo em nenhum desses grupos religiosos e nem quero criar um outro grupo. Simplesmente estou em busca da verdade por completo e quero montar o quebra-cabeça. Quero encontrar todas as partes espalhadas.

Não quero 10% de verdade e 90% de mentira. Quero conhecer de fato a verdade e ser liberta de verdade. Cada vez mais livre. Amando ser livre.

P.S.: Leia três histórias que ilustram sobre ver só uma parte X ver o todo.

P.S.2: Lembrei-me de outro conceito que foi revisto depois da teshuvah, é o conceito de autoridade. Além de não acreditar mais no ensino de autoridade que o sistema religioso impõe, a tão falada autoridade espiritual, ou seja, que todos devem estar debaixo de uma autoridade humana, não existe isso na Torah, nem no chamado Novo Testamento (não vou discorrer sobre isso, uma simples pesquisa na internet vai trazer muitos artigos sobre o assunto). Além disso, também revi o conceito de submissão ao marido que a religião tanto prega. E também quero pedir perdão pelo que escrevi no meu primeiro livro e ter compactuado com esse ensino deturpado.
Continuo honrando meu marido, continuo reconhecendo a autoridade dele e o papel dele na nossa casa. Mas revi completamente a submissão da mulher que Paulo e os líderes religiosos ensinam (leia um trecho abaixo). A Torah não fala sobre isso, e entre Torah e Paulo, fico com a Torah, sempre.
Hoje entendo a tristeza que via nos olhos de muitas mulheres dentro do sistema religioso, por serem podadas, anuladas, impedidas de levantarem voo por líderes manipuladores e invejosos.
Hoje posso entender a tristeza de muitas esposas que se sujeitavam a maridos misóginos porque a religião ensina que elas devem ser submissas. Quantas histórias ouvi de líderes religiosos que batiam em suas esposas. E quem quiser saber mais sobre misoginia, escrevi alguns textos sobre o assunto no meu blog.
O que eu entendo hoje é que homem e mulher têm papéis bem definidos e diferentes. E quando cada um reconhece e assume o seu papel dentro do lar, há harmonia e paz. Muitos vão pensar que regredi, mas não regredi, e sim voltei à origem, ao plano original do Eterno. Para mim está bem nítido que o homem é o provedor e administrador das finanças e a mulher a administradora do lar, a líder espiritual e educadora dos filhos. Por isso hoje defendo a volta ao lar (leia o livro) para as mulheres, e foi o que eu fiz, e hoje sou dona de casa e complemente realizada e feliz, sem a menor saudade de trabalhar fora, e sem qualquer frustração por ter abandonado a carreira profissional no sentido tradicional, porque continuo exercendo minha profissão de jornalista com meu blog, livro e nas redes sociais. Sim, claro que há casos e casos, mas se a mulher NÃO precisa trabalhar, se ela tem um marido provedor, o lugar dela é em casa, principalmente educando os filhos. E não estou sozinha, muitas amigas minhas estão vivendo a volta ao lar e também não se arrependem, algumas me dizem que se sentem mais leves assim. Eu também.
Para mim não é mais o marido manda e a mulher obedece cegamente. Para mim ambos têm o seu papel de liderança definido, e cada um deve respeitar a autoridade do outro. E quando isso acontece, não há conflitos. A mulher administra a rotina da casa, e cabe ao marido acatar e apoiá-la, principalmente quando o casal tem filhos, porque o homem precisa dar o exemplo. Normalmente é a mãe que ensina o filho a mastigar com a boca fechada, por exemplo, e muitas vezes ela tem que corrigir o marido primeiro, para que ele dê o exemplo. Se o marido não "obedece", como o filho vai obedecer? Da mesma forma o marido deve comer legumes, verduras e frutas (ah, como tenho visto maridos que não dão esse exemplo, rsrs). E aí cabe a mulher "ensinar" primeiro ao marido. Não tenho a menor dúvida de que a mulher é a educadora do lar, e o marido precisa estar "submisso" a essa função, seguindo a máxima de todos que ensinam sobre educação de filhos, que os pais não devem discordar na frente das crianças sobre a educação delas.
E a liderança espiritual também é papel da mulher, ao contrário do que os líderes religiosos querem nos forçar a acreditar. E por termos acreditado nessa mentira por tanto tempo, hoje temos uma geração de mulheres frustradas, esperando eternamente que os maridos sejam os educadores espirituais do lar, e eles não fazem isso, não é natural deles. A esposa espera que o marido tome a iniciativa, e ele normalmente não toma, porque não está no seu DNA. E a mulher que foi podada pelo ensino mentiroso fica se remoendo por dentro, porque a iniciativa dela quer pular para fora, mas tem medo. As mães foram roubadas de seu papel de liderança espiritual (leia meu desabafo), e isso resultou em lares e filhos desestruturados. Mas quando a mãe assume o seu papel, tudo vai bem. Ela passa a orar com as crianças antes de dormir, ou escala o marido para fazer isso algumas vezes (ela é quem administra, é função natural dela), ela assume a educação espiritual das crianças, ela ora pelo marido o dia inteiro, enquanto ele está na "guerra" do trabalho, e pelos filhos quando estão na escola. Ela ensina a Torah para os filhos, e até para o marido, "andando pelo caminho, sentados em casa". E quando a mulher assume sua liderança espiritual, acaba a frustração e tira o peso das costas do marido.
Cada um no seu papel, cada um na sua função. Sem que um "mande" no outro. Apenas seguindo o que já foi definido no nosso DNA, naturalmente.


Leia o trecho do texto do blog:

"A absolvição das mulheres – Depois que fui apresentada a essa doença [misoginia], as mulheres foram absolvidas e minha visão sobre submissão mudou completamente. Interessante que li um texto recentemente (Mulheres, calem-se?) sobre as deturpações dos ensinos de Paulo sobre submissão e agora ficaram muito mais claros quando entendi a misoginia.

E depois dessas duas revelações, entendi que o ensino da distorcida submissão feminina – e que defendi no meu livro e agora peço perdão – reforça e incentiva a misoginia na família e na sociedade, principalmente no meio religioso.

Hoje percebo que isso roubou o papel correto da mulher e prejudicou tantas crianças, as verdadeiras vítimas de toda essa situação, que cresceram e se tornaram misóginos, de geração em geração. E me revolta que o âmbito religioso tenha sido o maior propagador desse ensinamento totalmente errado.

A mulher tem dentro de si uma força natural de liderança, mas isso foi roubado, podado por essas interpretações distorcidas. Se homens e mulheres compreendessem seu verdadeiro papel e caminhassem em equilíbrio, seria perfeito. Mas aí não estaríamos vivendo nesse mundo decaído. Ainda bem que o Reino do Eterno está chegando para restaurar todas essas coisas."