Resposta: 'Querida Márcia. Esse assunto é bem polêmico. Mas vou falar da minha experiência.
Só posso dizer que meu coração é como o de Davi, tem sede do Eterno, anseia por ele, como a corça suspira pelas águas. E, também como o salmista, quero que ‘as palavras da minha boca e a meditação do meu coração sejam sempre de louvor ao Eterno’.
Eu sigo um conselho de que ‘na dúvida, repreenda’, e sigo outro conselho de que devo pedir discernimento para não me contaminar com as coisas que oferecem 90% de verdade e 10% de mentira. Então, prefiro não arriscar. Tenho muito a perder.
Como Daniel, decidi no meu coração não me contaminar com a comida do deus deste século. Não quero, e pronto.
E sabe-se lá o que essas ‘poesias’ querem dizer de fato. Sei lá o que estou ouvindo ou cantando. Como os exemplos de apenas duas músicas:
– Talco no bumbum de bebê – dizem que na verdade significa cheirar cocaína. Nem sei se isso é lenda... mas na época da ditadura as músicas queriam dizer uma coisa e diziam outra. Na dúvida, estou fora.
– Uma outra, que diz ‘como uma deusa’ – como se tivesse cantando para a namorada. Deusa? Eu não tenho senhora, eu tenho Rei. Desconfio de músicas românticas. Será que é mesmo para o(a) namorado(a) que o autor escreveu ou foi para o seu deus?
Por essas e outras letras que desconheço o significado, seleciono muito bem as músicas que ouço e canto.
Realmente não me importo mais em ser chamada de fanática, radical e outros adjetivos. Não ligo mesmo. "Eu sei em quem tenho crido..." Quando sou criticada, canto: ‘Caminhando eu vou para Canaã, se você não vai, não impeça a mim’. Quem quer ouvir outras músicas, que fique à vontade, mas não pode ficar me criticando se eu não quero. Não deixo que me impeçam de continuar sendo caçadora do Eterno.
Falando nele, passei o olho no livro Caçadores de Deus na semana passada e encontrei uma cena que não lembrava. Quando Tommy era adolescente, a tia dele decidiu não beber mais coca-cola. E ele, como bom adolescente, ficava provocando-a, bebendo uma coca geladinha e incitando-a a ceder (xô, tentação!).
O mais lindo nessa história é que ele relata que ela recusava, dizia que não queria mesmo, e mantinha um sorriso lindo, como se estivesse muito longe daquilo. E isso o deixava intrigado e ele pensou: ela deve saber alguma coisa que não sei.
Na verdade, muitos não entendem que somos livres para dizer não. E escravos são os que ficam preocupados com a opinião da sociedade corrompida e acabam cedendo à pressão dos amigos.
Minha música preferida é: ‘Eu quero é o Eterno. Não importa o que vão pensar de mim, eu quero é o Eterno’. Que o Eterno te abençoe.”
(Extraído do livro Libertação é confissão de pecados, revisado depois da desconstrução)
É a questão das músicas religiosas românticas. Para fugir das músicas seculares, os cantores religiosos têm feito músicas românticas. Mas nem essas eu canto e não ouço.
Eu não diria as frases dessas músicas para o meu marido. Não posso confundir os "amores" e não posso amar mais ao meu marido que ao Eterno.
Eu amo, respeito e sou submissa ao meu marido. Mas o dono do meu coração é o Eterno. O amor da minha vida é o Eterno. Eu posso viver sem qualquer pessoa ou coisa, mas eu não vivo sem o Eterno. O Eterno é a razão da minha vida. Eu não sou metade que se completa com outra metade. Sou uma pessoa completa e única no Eterno.
"Ouça, ó Israel: O Eterno, o nosso Pai, é o único Soberano. Ame o Eterno, o seu Pai, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças." Deuteronômio6.4,5
"Ó Eterno, tu és o meu Pai, eu te busco intensamente; a minha alma tem sede de ti! Todo o meu ser anseia por ti, numa terra seca, exausta e sem água." Salmo63.1
P.S2.: (set/2011) - Escrevi o texto acima no momento libertação e hoje estou em outro momento, o momento teshuvah, que começou na libertação e foi crescendo, evoluindo.
Falar de música hoje é mais difícil ainda. Ao mesmo tempo em que me sinto muito mais tolerante, a teshuvah me trouxe isso, também estou muito mais seletiva.
Continuo não ouvindo e não gostando de qualquer música e agora a lista das que não ouço aumentou, as músicas gospel foram quase que totalmente riscadas do meu repertório, porque a maioria ensina coisas contrárias à Torah, exceto aquelas em que a letra é um salmo ou um texto bíblico sem enxertos. E hoje tenho gostado muito de músicas em hebraico.
E houve também um resgate de algumas músicas ditas profanas, principalmente MPB e clássicas, que não trazem mensagens estranhas nas letras.
Mas em todas essas situações, sempre, sempre, sempre investigo a letra, leio, procuro as traduções, enfim, não saio por aí curtindo qualquer música, mas pesquiso o que a música quer ensinar e se não ferir a algum princípio da Torah, tudo bem.
Coloquei em prática na música o que já fazia com textos e filmes: examino tudo e retenho o que é bom.
Nenhum comentário:
Postar um comentário