Unidade na diversidade

Foto: De Bonis

Mesa posta aguardando amigos queridos para o almoço.

Tudo começou quando pensei em comprar pratos novos. Mas é sempre assim, compramos um jogo de pratos e eles vão quebrando. E quando queremos comprar para completar os que faltam, nunca mais encontramos iguais. E aí surgiu a idéia de comprar um prato de cada cor, assim nunca mais teríamos problemas para montar um jogo, porque podemos sempre comprar apenas um prato, que não precisa ser igual.

E a brincadeira começou. Estamos sempre comprando um prato novo e a coleção vai crescendo. No início queríamos pratos quadrados, mas havia uns com outros formatos, tão lindos, que deixou de ser conjunto de pratos quadrados e a diversidade foi maior do que a planejada. (P.S.: Desisti dos quadrados, são difíceis de manusear, pesados, hoje prefiro os redondos e sextavados)

E um dia dei o exemplo dos meus pratos em uma palestra sobre dons espirituais. Usei como ilustração para a unidade na diversidade. É um prato de cada cor e modelo diferentes, mas todos são pratos. Assim como nós, somos todos seres humanos, mas cada um é único e diferente do outro.

Eu amo a diversidade do Eterno. Amo a sua multiforme graça. Amo que ele seja criativo e tenha feito milhões de espécies de flores, milhões de espécies de borboletas e insetos. E amo que tenha me criado única, exclusiva, e ainda assim humana.

E amo a unidade na diversidade. Porque somos diferentes, mas podemos ser unidos, buscando juntos o estabelecimento do Reino. Cada um exercendo o seu dom, cada um no seu lugar, respeitando as diferenças e o chamado do outro. Sendo Corpo, cada membro com sua função. Mas podendo ser da cor e modelo que o Criador fez.

Uniformidade é coisa de seita. Com o Eterno o padrão é UNIDADE NA DIVERSIDADE.

Ah, tem a parte engraçada da história. Depois da palestra meus pratos foram o assunto das mulheres. Uma disse que realmente sou inédita e que sou mais maluca que ela pensava. Outras gostaram da idéia. Uma, dias depois, serviu um café da manhã com pratos e canecas diferentes, porque os conjuntos estavam incompletos, e disse que isso a libertou.

Mas o que eu mais gosto é a briga na hora do almoço, principalmente com as crianças. "Eu quero aquele de flor vermelha". "Eu quero o verde". "Eu quero o azul". E troca prato daqui, troca dali, alguns até mudam de lugar, só por causa do prato. Eu me diverto muuuuuito.

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