Publicação fixa: Argumentos lógicos X tratados teológicos

Meus textos questionando o sistema religioso e as mentiras do cristianismo são sempre com argumentos de raciocínio lógico, porque para mim vale o que está escrito sem interpretações humanas, sem oráculos para traduzir o texto... Continue lendo.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Dia das mães, o que comemorar?

Up. Publicado originalmente em 10/maio/2012

Tem P.S. no final.
Leia também Não use seus filhos como (des)culpa para não sair do sistema

"A vara [disciplina] da correção dá sabedoria, mas a criança entregue a si mesma envergonha a sua mãe." Pv29.15

Bem, quem me conhece sabe que sou do contra mesmo e já falei aqui várias vezes que não comemoro dia disso, dia daquilo. Aliás, todo dia é dia de alguma coisa e cada vez inventam mais dias para o povo comemorar. As datas com grande apelo comercial, então, tenho horror a elas. E Dia das Mães é um que não teria muito o que comemorar, se eu comemorasse. Sei que estou correndo o risco de ser queimada na fogueira de vez, mas não posso mesmo comemorar este dia e não vou me calar, preciso desabafar.

Como educadora que já atuou tanto no sistema educacional formal quanto no sistema religioso, e como ex-mãe adotiva, posso dizer por experiência própria que as crianças gostam de disciplina, elas gostam de quem as corrige e educa e sempre tive bom relacionamento com meus alunos e pupilos, mesmo com meu estilo Supernanny de ser, aliás, sei que eles gostam de mim exatamente por isso, por eu ser muito exigente. Mas as mães, ah, as mães, elas me irritavam profundamente, e continuam irritando.

Sei que sou uma grande exceção, mas para mim a mãe foi roubada do seu papel de educadora, a mulher foi roubada de seu papel de líder do lar, e a consequência é a sociedade podre em que somos obrigados a viver hoje. As mães abandonaram os filhos e terceirizaram a educação e o resultado está aí, para quem quiser ver.

Realmente, como posso comemorar se são estas mães que vejo por aí:
  • Mães que não precisam, mas insistem em trabalhar fora, em nome de uma maldita realização profissional. Não estou falando das mães que realmente precisam, que lutam sozinhas para criar seus filhos e fazem isso com muito suor e honra. E a essas os filhos valorizam, ajudam e entendem. Mas estou falando da mãe que dá mais valor a sua carreira profissional do que aos filhos, e pensa que pode comprar os filhos com presentes caros e que isso vai compensar a falta de atenção e carência afetiva. 
  • Mães que não ensinam boas maneiras a seus filhos, não ensinam a falar “por favor”, “obrigado”, “com licença”, não ensinam a comer de boca fechada, a se comportar à mesa. O resultado disso são crianças e depois adolescentes e adultos completamente egoístas e orgulhosos, porque pedir “me passe o sal, por favor” é o melhor aprendizado de humildade que conheço. 
  • Mães que deixam seus filhos, às vezes bebezinhos ainda, beberem refrigerante, comerem biscoitos industrializados, principalmente os do tipo “isopor”, por pura falta de pulso de dizer “não”, e por pura preguiça de fazer uma alimentação saudável. Ou seja, dão veneno para seus filhos sem um pingo de dor na consciência. 
  • Mães que deixam seus filhos ficarem viciados em jogos eletrônicos, em TV, em computador, porque as "babás eletrônicas" deixam os filhos ocupados e elas ficam livres para cuidarem dos interesses delas. Ou mães que deixam crianças pequenas assistirem a novelas e a filmes inadequados, porque elas não querem abrir mão dessas coisas também.
  • Mães que só falam com os filhos asperamente, sem carinho. E quando eles pedem um pouquinho de atenção, elas gritam: “Agora não, estou ocupada, ou estou conversando, ou folheando uma revista”. Infelizmente é isso que vejo e meu coração dói pelas crianças. 
  • Mães que não conversam, não brincam, não desenham, não pintam com seus filhos. Não estimulam a criatividade deles, não ensinam nada, nem letras, nem números etc, deixam que apenas a escola cuide disso. Já trabalhei com crianças de sete anos que não sabiam os dias da semana nem o bairro em que moravam. Inacreditável. E outra criança com quatro anos que não sabia contar até 20 e não conhecia pelo menos os números de 1 a 9, porque a criança ainda não estava na escola e a mãe simplesmente não ensinava nada.
  • Ah, e por falar em escola, mães que colocam filhos bebês em creches e escolas, completamente sem necessidade. Que necessidade tem uma mãe que não trabalha fora de colocar um filho de seis MESES em uma creche, ou um filho de dois anos na escola? Ah, me poupe desse discurso ridículo de que a criança precisa se socializar, só acredita nisso quem quer ou acha conveniente.
  • Mães que só pensam nelas na hora das compras, para elas é tudo do bom e do melhor, mas para os filhos, qualquer coisa serve. Antigamente mãe era sinônimo de amor incondicional, a que deixava de comer para que os filhos pudessem se alimentar, a que deixava de comprar presentes para si para comprar para os filhos. Mas hoje, que amor é esse? Ah, por favor, me ame menos.
  • Ah, e um tipo de mãe mais irritante é a que compra roupas de piriguete para as meninas pequenas, e depois quando elas chegam na pré-adolescência e daí para a frente não querem saber de usar roupas decentes, mas o incrível é que são as mães que compram as roupas para as filhas, isso é que eu não entendo, nunca vou entender.
  • Mães que não dão limites, mães que não disciplinam, mães que deixam a criança fazer o que quer, mães que não ensinam a criança a respeitar os mais velhos, mães que cedem às pirraças dos filhos, mães que mentem para seus maridos e os filhos sabem, e mentem para seus filhos pequenos e depois reclamam que seus filhos estão mentindo muito, mães que não oram pelos e com seus filhos, não ensinam sobre o Eterno, não obedecem ao Eterno e querem que seus filhos obedeçam a elas... Ah, e a lista é infinita, melhor parar por aqui.
  • E não adianta assistir a Supernanny todo sábado e não praticar o que ela ensina.
Enfim, podem preparar a fogueira, nem ligo, mas que não tenho o que comemorar no Dia das Mães do mundo moderno, não tenho mesmo. Eu sei que dá trabalho fazer o certo, mas vale tanto a pena, se elas soubessem... Pronto, falei.




P.S.: Indústria assassina. Pais assassinos

Descobri que sou pouco chata quando brigo com um pai ou uma mãe que dá refrigerante e outras porcarias para os filhos, inclusive para os bebês. Na verdade devia chamá-los de assassinos. Indústria assassina. Pais assassinos. Porque são os pais que compram...

Comentário da minha amiga no Facebook:
"Se nos deixarmos seduzir por essa indústria de porcarias e venenos, mataremos nossos filhos! E o pior é que isso acontecerá muito antes do que imaginamos... Não podemos fechar os olhos para esta realidade ou sangue INOCENTE recairá sobre as nossas cabeças. ACORDEM, PAIS!!!!!!"

Assista ao vídeo abaixo e veja o quanto de gordura e açúcar seu filho consome nos produtos industrializados. Você também pode baixar para ver depois em família, com seus amigos, e ajudar a divulgar. Veja como baixar na página oficial do filme.





2 comentários:

Guiada pelas mãos do eterno disse...

Concordo em gênero, número e grau.As mães estão preocupadas com o seu "EU" e deixam os filhos para serem mal educados pelos programas de TV e outros entretenimentos, depois lamentam e perguntam onde foi que erraram, eu tenho três filhos e os educo a moda antiga, como eu fui educada e imaginem o quanto sou criticada, meu filho mais velho tem quase 18 anos e nem pensa em namoros e baladas, tem amigos hoje e os mesmos respeitam seus princípios de educação mais não foi sempre assim, sabe o que estas mães precisam, ler as Escrituras e aprenderem como disciplinar seus filhos.Por n motivos concordo com você.Ah e
se me permitir quero postar no meu blog, não se preocupe colocarei a fonte. ABRAÇO. Edina

Guiada pelas mãos do eterno disse...

Débora, eu pensei que fosse a única neste tempo a pensar desta forma, mas vejo que não estou só, pois fui criada a moda antiga e procuro educar meus três filhos como fui educada, muitos me criticam, até os da família, mas não me importo com as opiniões alheias. Quero deixar aqui registrado que concordo com sua opinião, as mães e pais precisam ler mais as escrituras e deixar a TV de lado.Vou postar em meu blog, não se preocupe, sempre coloco a fonte. Abraço. Édina.