Publicação fixa: Argumentos lógicos X tratados teológicos

Meus textos questionando o sistema religioso e as mentiras do cristianismo são sempre com argumentos de raciocínio lógico, porque para mim vale o que está escrito sem interpretações humanas, sem oráculos para traduzir o texto... Continue lendo.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Tijuca completa 250 anos

Foto: De Bonis
Banho nas Paineiras



Tijuca, data de nascimento: 1º/julho/1759

Minha história com a Tijuca começou quando eu tinha 15 anos. Era Copa do Mundo de 1982. Eu e minha tia saímos de Piranema, Itaguaí, RJ, e viemos à Tijuca, à casa dos pais de um amigo que fazia estágio na congregação que meu avô participava. Era dia de jogo. Chegamos à Praça Saenz Peña fomos conhecer alguns lugares históricos para os evangélicos. Quando cheguei a um colégio, na rua Uruguai, meu coração disparou e era como se uma outra dimensão se abrisse para mim naquele momento. Foram segundos de arrebatamento, mas naquele momento senti que um dia iria morar na Tijuca. Não comentei com ninguém, guardei no meu coração. Seis anos depois aconteceu. Nem sei explicar como, mas eu estava morando na Tijuca e me tornei a mais autêntica tijucana adotiva.

Fiz tudo que o tijucano faz. A Floresta da Tijuca virou meu quintal. Quando não havia nada para fazer, tomávamos o ônibus e descíamos na pracinha do Alto. De lá, subiámos a pé até o Bom Retiro. E sentávamos no meio da rua e ficávamos brincado de descobrir pelo barulho do motor qual o carro que estava subindo. Hoje ainda frequento a Floresta. Até a foto da capa do meu blog é da pracinha do Alto.

Os cinemas América e Carioca se tornaram meus velhos conhecidos. Não perdia as pré-estreias. Lembro exatamente o dia em que entrei pela primeira vez na drogaria que montaram no lugar do América. Fiquei muito tempo criando coragem para entrar lá. E um dia, entrei. Só para conhecer, fui até o final da loja e voltei. Foi muito triste.

Nosso barzinho preferido era o Cash, na rua Santo Afonso. Quando fechou, foi uma tristeza. Todo domingo à noite estávamos lá. Nunca mais comi torta alemã como a do Cash, para mim era a melhor do mundo. Eu bebia sempre suco de laranja com guaraná, pedia os dois e misturava. E nosso garçom era o Patrício, que não se importava com a bagunça da galera e já conhecia o gosto de cada um.

Todo sábado à noite, parada obrigatória na banca de jornal, na esquina da General Roca, aberta 24 horas, para comprar o jornal de domingo, que chegava à noite, bem tarde, diferente do que acontece hoje. Às vezes tínhamos que esperar o jornal chegar.

Caminhada nas Paineiras, com direito a banho na ducha, compras na feirinha no final de semana, marcar encontro em frente à C&A, balanço na praça da Desembargador Isidro... tudo isso eu fiz. O que eu tenho mais saudade é da Mesbla. Também sinto falta do suco de maracujá do Palheta, sempre geladinho.

Não moro mais na Tijuca, moro em um bairro vizinho, mas ainda sou tijucana de coração e estou sempre na Saenz Peña, o lugar mais quente do Rio de Janeiro, literalmente, o termômetro da rua marca 44 graus durante quase todo o Verão.

A todos os tijucanos, naturais e de coração, como eu, feliz aniversário. Tijucana de Itaguaí – minha terra natal – com muita honra.

Saiba mais em http://www.tijuca250anos.com.br/tijuca.php

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