E se? E se? O benefício da dúvida
Duas pessoas sinceras falaram comigo sobre teshuvah. Uma confessou que reconhece que estamos certos, mas não tem coragem de fazer a mesma coisa, porque acredita que não adianta obedecer a alguns mandamentos apenas, e como ela pensa que não vai conseguir obedecer a todos (os possíveis), então prefere não começar. A segunda pessoa me confessou que sabe que temos razão, já entendeu que todos devem obedecer à Torah, mas ela não segue por falta de vergonha na cara.
Admiro a sinceridade das duas pessoas, embora lamente que não decidam obedecer, pelo menos ao que é possível, porque impossível é diferente de não se esforçar e não querer, mas pelo menos são sinceras e não são como os outros que não querem nem ler, nem entender, não param para perguntar "E se for verdade?", e continuam afirmando que estamos errados, apesar de toda a lógica dos argumentos que eles se recusam a ler.
É uma pena que muitas pessoas combatem teshuvah, mas pelo seu discurso provam que não leram um texto sequer sobre o assunto, não pesquisaram, e continuam usando os sofismas do sistema, continuam repetindo os textos tipo interpretação forçada da lavagem cerebral dominical. Uma pena que não concedem o benefício da dúvida: E se for verdade?
Eles dizem seguir Jesus, mas não há um só texto de Jesus anulando a Torah. O mesmo Jesus que eles dizem seguir afirmou que "se me amam, obedeçam aos meus mandamentos", e todos os mandamentos, não alguns escolhidos a dedo.
Mas mesmo que cansemos de mostrar isso, preferem continuar acreditando nas mentiras dos líderes religiosos. Jesus não aboliu a guarda do sábado, nunca fez isso, é um decreto perpétuo, mas os religiosos continuam usando textos subjetivos para afirmar isso. E continuam ensinando que matar, além de crime é pecado, roubar também, adulterar não é crime, mas é pecado, mas a guarda do sábado, que está no mesmo contexto, no mesmo capítulo, dizem que Jesus aboliu quando questionou os religiosos hipócritas da época que usavam o mandamento para justificar não fazerem o bem. Não é um texto dizendo claramente que o sábado foi abolido ou que mudou para domingo, mas continuam repetindo o que ouviram sem questionar, sem investigar.
Jesus também não aboliu os mandamentos sobre alimentação. Mas continuam usando textos subjetivos para ensinar errado. Usam o texto sobre lavar as mãos para justificar que Jesus autorizou comer animais impuros, mas o contexto não tem nada sobre isso, o assunto não é esse. É um grande exemplo de interpretação forçada. E continuam usando outros textos de Levítico para condenar outras práticas, mas a regulamentação sobre alimentação está no mesmo livro. E pior ainda quando usam textos de Atos ou de Paulo, passando por cima de Jesus, que eles dizem amar e obedecer.
É como escrevi em outra postagem: imagine se o Eterno iria criar uma Lei com tantos detalhes, até sobre higiene, com tanta intensidade e minúcias, para depois alguém abolir a Lei sem dizer claramente que a Lei estava sendo abolida pelo próprio Eterno. Se o Pai foi tão criterioso para decretar a Lei, você acredita mesmo que ele iria revogá-la assim, de uma maneira tão sutil?
Eu penso que não mesmo. Acredito que a Lei só poderia ser revogada de uma forma bem clara, assim como foi escrita, acredito que veríamos um texto assim: "O Eterno escreveu com seu dedo: 'Decreto que a partir de hoje a Lei está abolida' ".
É como escrevi em outra postagem: imagine se o Eterno iria criar uma Lei com tantos detalhes, até sobre higiene, com tanta intensidade e minúcias, para depois alguém abolir a Lei sem dizer claramente que a Lei estava sendo abolida pelo próprio Eterno. Se o Pai foi tão criterioso para decretar a Lei, você acredita mesmo que ele iria revogá-la assim, de uma maneira tão sutil?
Eu penso que não mesmo. Acredito que a Lei só poderia ser revogada de uma forma bem clara, assim como foi escrita, acredito que veríamos um texto assim: "O Eterno escreveu com seu dedo: 'Decreto que a partir de hoje a Lei está abolida' ".
É como disse uma amiga no Facebook: "O Messias foi prometido pelo Eterno, a Israel. Um judeu para um povo judeu. Como pode um messias vir para o próprio povo, pra ensinar o povo a descumprir as ordens que o Eterno deixou para esse povo, para que eles cumprissem por estatuto perpétuo? Das duas uma: Ou esse messias não ensinou o povo a transgredir a Torah [Pentateuco], logo, todos os que creem nele devem cumprir a Torah, ou esse messias é anátema. Você escolhe! Não há para onde fugir. Jamais algum messias profetizado a Israel descumpriria a Torah e levaria o povo a descumprir. Nem mesmo os enxertados. Afinal, o Eterno deixou bem claro que até mesmo os enxertados deveriam obedecer a Torah. Ou você faz parte do povo ou não".
Sim, eu guardo o sábado, sigo Levítico 11 (alimentação) e celebro as festas que o Eterno estabeleceu. Se estiver errada, não perco nada. Mas se estiver certa, quem me condena vai se dar mal. Então você deveria nos conceder o benefício da dúvida e perguntar: "E se for verdade? Vou perder alguma coisa se guardar esses mandamentos?" Não, não vai perder nada, só vai ganhar. Mesmo que não fosse verdade, o benefício da dúvida só vai nos fazer bem e na pior das hipóteses ganharemos qualidade de vida, porque atá a medicina confirma que o descanso semanal é totalmente necessário para o corpo e mente, e a alimentação saudável nem precisa de defesa.
Sim, eu guardo o sábado, sigo Levítico 11 (alimentação) e celebro as festas que o Eterno estabeleceu. Se estiver errada, não perco nada. Mas se estiver certa, quem me condena vai se dar mal. Então você deveria nos conceder o benefício da dúvida e perguntar: "E se for verdade? Vou perder alguma coisa se guardar esses mandamentos?" Não, não vai perder nada, só vai ganhar. Mesmo que não fosse verdade, o benefício da dúvida só vai nos fazer bem e na pior das hipóteses ganharemos qualidade de vida, porque atá a medicina confirma que o descanso semanal é totalmente necessário para o corpo e mente, e a alimentação saudável nem precisa de defesa.
Pense nisso, conceda o benefício da dúvida e investigue, pesquise, leia, e peça discernimento ao Eterno. Questione os textos, leia os contextos, não acredite em intérpretes ou intermediários, busque na fonte, na Torah, na Bíblia.
Às vezes eu penso que algumas pessoas não querem ler sobre esses assuntos porque têm medo de descobrir a verdade e assim terão que tomar uma decisão, sair da zona de conforto, e desconfio que bem lá no fundo do coração elas sabem que estamos certos, mas não querem questionar o sistema religioso. Essas pessoas que não leem gostam muito de debates, fazem perguntas, mas quando respondemos, começam a despejar os argumentos da lavagem cerebral e não ouvem nada que dizemos, continuam com suas fortalezas e sofismas.
Mas seria tão mais simples se parassem e fossem investigar. E se for verdade?
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