Quando paro e olho para trás e vejo o que o Eterno fez na nossa vida e onde ele nos tem levado, fico maravilhada. Jamais poderia imaginar que tudo isso aconteceria conosco. Lógico que nunca me passou pela cabeça deixar de ser membro de uma igreja. É como diz o autor do artigo que li: “Se tivesse vislumbrado meu futuro acho que teria um ataque de desespero ao saber que um dia deixaria de frequentar igreja. Hoje olhando para trás, quase fico constrangido com o modo como eu pensava e vivia minha fé”.
Quase tudo aquilo que escrevi em Minha trajetória de desconstrução está valendo. A cada dia sinto o Eterno confirmando que estou no caminho certo. E sinto na pele também o inimigo confirmando isso, porque os ataques não param, a perseguição continua e as afrontas são visíveis a olho nu. Mas umas coisas mudaram, sim, e escrevi sobre algumas delas no texto que colei no final, para quem não leu no blog Libertação.
E houve outras mudanças que não citei. Uma delas é que não estamos mais nos reunindo na sexta ou no domingo, toda semana, como fazíamos. Entendi que a desconstrução tem que ser total e não pela metade. E fazer reuniões todo final de semana, com obrigação de preparar local, lanche, estava se transformando em outro caixote. Era cansativo e não nos dava liberdade para viajar, visitar os amigos e familiares. Então demos férias às reuniões e continuamos nos encontrando esporadicamente, às vezes na casa de alguém para debater algum assunto novo, às vezes tomamos café no shopping, ou às vezes, o que eu prefiro, saímos para passear e aproveitar os espaços ao ar livre maravilhosos que temos no Rio de Janeiro. Como o amigo Marcos costuma dizer, preferimos culto ao ar livre. E nos passeios brincamos, corremos, gastamos calorias e conversamos muito, compartilhando o que o Eterno tem feito na vida de cada uma. Sem liturgia, sem religiosidade, sem pauta. Completamente livres.
Nosso foco sempre foi e continua sendo fortalecer as famílias. Com os membros de cada família orando e estudando juntos, vivendo o Reino diariamente. Entendemos que o Eterno não criou igreja institucional, ele criou a família. E temos visto o quanto isso é importante, a família aprendendo unida, como manda a Torah, “Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar” (Deuteronômio 6.7). Ou seja, vivendo o Reino todos os dias, em qualquer lugar.
Claro que havia até uma vaga ideia de talvez um dia criarmos uma igreja diferente – até porque essa era a orientação e expectativa de quem nos deu cobertura no início da caminhada fora do sistema. Mas hoje vejo que não era esse o plano do Eterno, de jeito algum. E agradeço a ele por isso. A liberdade que vivemos não tem preço.
Como sempre digo e vale repetir: Não quero trocar seis por meia dúzia, nem uma jaula pela outra. Não quero desconstruir um caixote e construir outro. E por isso não poderíamos montar uma comunidade formal. No processo de desconstrução, não basta apenas destruir o que existia de errado, é preciso construir algo novo no lugar. E para mim, só posso substituir o que deixei para trás se tiver total certeza de que é por algo absolutamente verdadeiro. Mas onde encontro isso? Eu sei o que NÂO é, mas ainda não sei O QUE É. Não tenho certeza de nada. Estou em busca da verdade e tem que vir de uma fonte muito segura. Como costumo dizer, há coisas que só faço se um anjo aparecer no meu quarto.
O fato é que hoje não vejo um grupo em que possa me encaixar. Até procuramos no início, mas agora fico com dois pés atrás. Porque, como já disse no primeiro texto, as pessoas desconstroem pela metade e não têm paciência para esperar a verdade ser revelada e se colocam em novas jaulas. E ainda criticam tudo que aparecer de novo, dizendo que é heresia, que não é do Eterno. Elas param no meio do caminho. Montam só um pedaço do quebra-cabeça e estacionam. E eu quero desconstruir tudo e não metade. Enquanto não souber a verdade, de fonte fidedigna, prefiro ficar reclusa, ouvindo apenas o Eterno.
Quando ouço falar de alguma comunidade vivendo desconstrução, fico observando, investigo tudo, até as páginas dos participantes nas redes sociais. Sim, porque hoje não me considero evangélica, não sou evangélica e tenho vergonha de me identificarem assim. Sei que muitos se escandalizam com essa minha afirmação, mas é isso mesmo. Se ser evangélico é negar a Torah, ou melhor, algumas partes, porque escolhem o que vão cumprir (sempre digo: se pode comer carne de porco, pode adulterar), então não sou evangélica. Se ser evangélico é fazer festas com as mulheres competindo para ver quem vai mais indecente, definitivamente não sou evangélica. Se ser evangélico é fazer festa caipira, coisa que foi sempre tão criticada pelas igrejas evangélicas e agora todo mundo faz e põe nome diferente, então não sou evangélica mesmo. E a lista é grande, melhor parar por aqui, só para dar alguns exemplos.
E fujo dos grupos que se dizem igrejas caseiras. Normalmente copiam o mesmo modelo de igreja institucional, só que a reunião é na casa de alguém, então seria uma mini-igreja. Mas para continuar nesse modelo, fica faltando a qualidade das grandes igrejas e haja ouvido para aguentar músicas desafinadas, sem instrumentos etc. Isso é trocar seis por três, pior do que trocar seis por meia-dúzia. Em grupos pequenos eu prefiro o modelo discipulado. E depois de ler Cristianismo pagão? para mim é impossível viver o modelo auditório, com a liturgia cantar-cantar-cantar e sentar para ouvir sermão. Isso é uma tortura. O modelo auditório para mim é bom quando são palestras ou cursos, de preferência sem o momento de cânticos no início, que tira o tempo do estudo e parece que é para matar o tempo, enquanto os atrasados vão chegando.
Isso sem falar nas manipulações descaradas da massa, nas manifestações de alma e na exploração do bolso do povo. Depois que vi o documentário Os deuses da Nova Era, fiquei assustada, porque vi ali as técnicas desses cultos esquisitos que via por aí. E depois assisti ao filme Fé demais não cheira bem e tive quase certeza de que os pregadores e líderes de igrejas modernos estudaram na mesma escola do personagem do filme. É igualzinho. Qualquer semelhança não é mera coincidência. Muito sinistro.
Infelizmente até dentro do judaísmo messiânico há uma grande diversidade de pensamentos e práticas e muita, muita religiosidade. Enfim, hoje respondo que sou filha do Eterno, creio no Messias e sigo a Torah, mas não tenho religião, nem sou de igreja nenhuma.
Na cabeça das pessoas só há duas opções: ou se está na igreja, ou se está no mundo. Mas existe a opção de não estar no sistema e ter intimidade com o Eterno. E essa foi a minha escolha. Não vou à igreja, mas não sou mundana, nem desviada. Não vou à igreja, mas também não vou a bailes gospel e não toco funk gospel nas minhas festas. Não vou à igreja, mas não aceito essas roupas indecentes que a moda quer que engulamos. Não vou à igreja, mas também não faço festas pagãs na minha casa. Eu é que fico escandalizada com tanto mundo dentro das igrejas.
Enfim, continuo na minha caminhada e busca da verdade. Vivendo um dia de cada vez. Sem estresse, sem pressa, aprendendo devagar, com o Eterno, praticando aquilo que ele vai me ensinando com paciência, trazendo primeiro um incômodo na minha mente, que vai crescendo até eu pesquisar e descobrir que realmente algo não é apropriado e abro mão de coisas que fazia ou comia, sem sentir peso por isso, sem sentir falta, simplesmente obedecendo.
E é isso que eu quero, obedecer ao Eterno e cumprir a Torah, como o Messias cumpriu e nos deixou esse exemplo. E me sinto cada dia mais livre para adorar e servir ao Eterno. E estou amando ser livre.
Shalom.
Segue texto citado (atualizado)
O que mudou depois da teshuvah?
“A experiência que tive nos momentos de comunhão com o Eterno tornou repulsivas todas as coisas que não estavam de acordo com Ele.” Frank Laubach
"O homem que tem uma experiência nunca ficará à mercê daquele que só tem argumentos." "Então, eu tive aquele encontro com o Eterno do qual nunca me recuperei". Tommy Tenney
“...uma coisa eu sei: Eu era cego, e agora vejo!” João9.25b
Entre libertação e teshuvah quase nada mudou. Quem acompanha meu blog pode estar pensando que não creio em mais nada sobre libertação ou que abandonei tudo que escrevi no meu livro depois que comecei a fazer o retorno à Torah, teshuvah. Mas não é nada disso. Praticamente tudo do meu livro eu ainda creio e sigo. Mudou muito pouca coisa. Porque libertação tem tudo a ver com teshuvah, com retorno à Torah. Inclusive na Torah tem até um dia inteiro por ano para fazer uma faxina espiritual, que é Yom Kipur, o Dia do arrependimento. Então, confessar pecados tem tudo a ver com Torah.
Sim, alguma coisa realmente mudou. E uma delas é o entendimento sobre dízimo e vou falar mais à frente sobre isso. Mudou também o entendimento sobre conquista de cidades. Isso mudou radicalmente. Não creio mais em unidade dos evangélicos. E o último evento de intercessores que participei foi a gota d'água para que eu perdesse a fé em rede apostólica, torres de oração etc.
Eu era militante de conquista de cidades. Os vídeos Transformações eram uma inspiração e sonho. Comecei a campanha Um minuto pelo Rio e inciei uma torre de oração na minha região. Enfim, eu era ativista de carteirinha de unidade e transformação.
Mas quando comecei a fazer teshuvah de maneira mais completa, algumas coisas começaram a me incomodar. Uma delas foi sobre alimentação, e isso ficou muito claro em um evento interdenominacional que participei e fiquei quase sem ter o comer no almoço, porque em quase todos os pratos servidos havia carne de porco (linguiça, presunto etc), este incidente está relatado no meu blog.
A cada reunião da torre que eu participava e cada email sobre o assunto que eu recebia, ia ficando mais e mais inquieta sobre essa questão da unidade. Eu não me sentia em unidade com pessoas que rejeitavam a Torah por inteiro, que só aceitavam uma parte da Torah e rejeitavam a outra parte. Não conseguia mais orar junto com eles, não conseguia mais concordar com suas orações.
E hoje não creio mais em unidade. Não nessa unidade que os evangélicos pregam. Porque eles acham que unidade só engloba os evangélicos de uma única linha de pensamento. Mas há evangélicos que seguem outros mandamentos da Torah e que não são seguidos pela maioria, como alimentação e guarda do sábado. Mas esses são excluídos da unidade. E os judeus-messiânicos nem são citados ou convidados para essa suposta unidade.
E hoje para mim, unidade tem outro sentido completamente diferente. Para mim a Torah é a unidade. Eu creio na unidade com Israel, com as festas bíblicas e não pagãs, com o cumprimento da Torah, como o Messias cumpriu.
Por isso não creio mais em unidade, em conquista de cidades ou torre de oração. Por isso cancelei a torre que dirigia e não participei mais dos eventos de intercessores.
Sempre lembro das palavras do Messias, quando disse que a nossa unidade irá fazer com que o mundo o reconheça, e ele estava falando para Israel. Nossa unidade com Israel é o retorno à Torah. A Torah é essa unidade e é nisso que creio hoje.
Ainda creio em libertação, mas como antes, hoje mais ainda, sou totalmente a favor da autolibertação, sem intermediários. E mais ainda sou contra o exorcismo e ministério do "sai-sai". E mais ainda sou contra o misticismo, os efeitos hollywoodianos e outras práticas estranhas, com muita alma e pouca razão.
E teshuvah sem libertação não funciona. Não adianta apenas parar de fazer as coisas erradas e passar a fazer as certas, não adianta começar a cumprir a Lei e não consertar o passado, ou seja, o início da teshuvah deve ser a libertação, confessar os pecados do passado, reconhecer que errou, e então, depois de confessar, começar o processo de teshuvah, do retorno à Torah, de obediência às leis do Eterno. Teshuvah e libertação devem caminhar juntas.
E estou em busca de toda a verdade e não parte dela. Nesse processo de teshuvah e desconstrução que estou vivendo observei algumas coisas interessantes sobre a verdade.
Nas nossas leituras, pesquisas e muita conversa com o Eterno, percebemos que parece que a verdade foi espalhada pelos vários grupos religiosos, cada um tem uma parte pequena da verdade. Como assim?
Por exemplo, alguém no passado teve a revelação de 10% da verdade e isso começou a aquecer seu coração. Então ele criou um grupo para ensinar a revelação que teve, mas ela não é toda a verdade, é apenas 10%. Como ele não tem os outros 90% da verdade, isso eu que acho, ele inventa um monte de regras e fórmulas humanas – e muitas de inspiração duvidosa. E assim foram criados vários e vários grupos religiosos. Cada um tem uns 10% da verdade, mas não tem humildade para reconhecer os 10% de cada um dos outros grupos e assim completar os 100%.
E a parte cômica e trágica disso é que cada um passou a se achar o dono de toda a verdade e dizer que os outros são hereges, seitas etc etc.
Por isso hoje não me encaixo em nenhum desses grupos religiosos e nem quero criar um outro grupo. Simplesmente estou em busca da verdade por completo e quero montar o quebra-cabeça. Quero encontrar todas as partes espalhadas.
Não quero 10% de verdade e 90% de mentira. Quero conhecer de fato a verdade e ser liberta de verdade. Cada vez mais livre. Amando ser livre.
P.S.: Leia três histórias que ilustram sobre ver só uma parte X ver o todo.
P.S.2: Lembrei-me de outro conceito que foi revisto depois da teshuvah, é o conceito de autoridade. Além de não acreditar mais no ensino de autoridade que o sistema religioso impõem, a tão falada autoridade espiritual, ou seja, que todos devem estar debaixo de uma autoridade humana, não existe isso na Torah, nem no chamado Novo Testamento (não vou discorrer sobre isso, uma simples pesquisa na internet vai trazer muitos artigos sobre o assunto). Além disso, também revi o conceito de submissão ao marido que a religião tanto prega. E também quero pedir perdão pelo que escrevi no meu primeiro livro e ter compactuado com esse ensino deturpado.
Continuo honrando meu marido, continuo reconhecendo a autoridade dele e o papel dele na nossa casa. Mas revi completamente a submissão da mulher que Paulo e os líderes religiosos ensinam (leia um trecho abaixo). A Torah não fala sobre isso, e entre Torah e Paulo, fico com a Torah, sempre.
Hoje entendo a tristeza que via nos olhos de muitas mulheres dentro do sistema religioso, por serem podadas, anuladas, impedidas de levantarem voo por líderes manipuladores e invejosos.
Hoje posso entender a tristeza de muitas esposas que se sujeitavam a maridos misóginos porque a religião ensinava que elas deveriam ser submissas. Quantas histórias ouvi de líderes religiosos que batiam em suas esposas. E quem quiser saber mais sobre misoginia, escrevi alguns textos sobre o assunto no meu blog.
O que eu entendo hoje é que homem e mulher têm papéis bem definidos e diferentes. E quando cada um reconhece e assume o seu papel dentro do lar, há harmonia e paz. Muitos vão pensar que regredi, mas não regredi, e sim voltei à origem, ao plano original do Eterno. Para mim está bem nítido que o homem é o provedor e administrador das finanças e a mulher a administradora do lar, a líder espiritual e educadora dos filhos. Por isso hoje defendo a volta ao lar (leia o livro) para as mulheres, e foi o que eu fiz, e hoje sou dona de casa e complemente realizada e feliz, sem a menor saudade de trabalhar fora, e sem qualquer frustração por ter abandonado a carreira profissional no sentido tradicional, porque continuo exercendo minha profissão de jornalista com meu blog, livro e nas redes sociais. Sim, claro que há casos e casos, mas se a mulher não precisa trabalhar, se ela tem um marido provedor, o lugar dela é em casa, principalmente educando os filhos. E não estou sozinha, muitas amigas minhas estão vivendo a volta ao lar e também não se arrependem, algumas me dizem que se sentem mais leves assim. Eu também.
Para mim não é mais o marido manda e a mulher obedece cegamente. Para mim ambos têm o seu papel de liderança definido, e cada um deve respeitar a autoridade do outro. E quando isso acontece, não há conflitos. A mulher administra a rotina da casa, e cabe ao marido acatar e apoiá-la, principalmente quando o casal tem filhos, porque o homem precisa dar o exemplo. Normalmente é a mãe que ensina o filho a mastigar com a boca fechada, por exemplo, e muitas vezes ela tem que corrigir o marido primeiro, para que ele dê o exemplo. Se o marido não "obedece", como o filho vai obedecer? Da mesma forma o marido deve comer legumes, verduras e frutas (ah, como tenho visto maridos que não dão esse exemplo, rsrsr). E aí cabe a mulher "ensinar" primeiro ao marido, rsrs. Não tenho a menor dúvida de que a mulher é a educadora do lar, e o marido precisa estar "submisso" a essa função, seguindo a máxima de todos que ensinam sobre educação de filhos, que os pais não devem discordar na frente das crianças sobre a educação delas.
E a liderança espiritual também é papel da mulher, ao contrário do que os líderes religiosos querem nos forçar a acreditar. E por termos acreditado nessa mentira por tanto tempo, hoje temos uma geração de mulheres frustradas, esperando eternamente que os maridos sejam os educadores espirituais do lar, e ele não fazem isso, não é natural deles. A esposa espera que o marido tome a iniciativa, e ele normalmente não toma, porque não está no seu DNA. E a mulher que foi podada pelo ensino mentiroso fica se remoendo por dentro, porque a iniciativa dela quer pular para fora, mas tem medo. As mães foram roubadas de seu papel (leia meu desabafo), e isso resultou em lares e filhos desestruturados. Mas quando a mãe assume o seu papel, tudo vai bem. Ela passa a orar com as crianças antes de dormir, ou escala o marido para fazer isso algumas vezes (ela é quem administra, é função natural dela), ela assume a educação espiritual das crianças, ela ora pelo marido o dia inteiro, enquanto ele está na "guerra" do trabalho, e pelos filhos quando estão na escola. Ela ensina a Torah para os filhos, e até para o marido, "andando pelo caminho, sentados em casa". E quando a mulher assume sua liderança espiritual, acaba a frustração e tira o peso das costas do marido.
Cada um no seu papel, cada um na sua função. Sem que um "mande" no outro. Apenas seguindo o que já foi definido no nosso DNA, naturalmente.
Leia o trecho do texto do blog:
"A absolvição das mulheres – Depois que fui apresentada a essa doença [misoginia], as mulheres foram absolvidas e minha visão sobre submissão mudou completamente. Interessante que li um texto recentemente (Mulheres, calem-se?) sobre as deturpações dos ensinos de Paulo sobre submissão e agora ficaram muito mais claros quando entendi a misoginia.
E depois dessas duas revelações, entendi que o ensino da distorcida submissão feminina – e que defendi no meu livro e agora peço perdão – reforça e incentiva a misoginia na família e na sociedade, principalmente no meio religioso.
Hoje percebo que isso roubou o papel correto da mulher e prejudicou tantas crianças, as verdadeiras vítimas de toda essa situação, que cresceram e se tornaram misóginos, de geração em geração. Claro que sei que isso é um plano diabólico, mas me revolta que o âmbito religioso tenha sido o maior propagador desse ensinamento totalmente errado.
A mulher tem dentro de si uma força natural de liderança, mas isso foi roubado, podado por essas interpretações distorcidas. Se homens e mulheres compreendessem seu verdadeiro papel e caminhassem em equilíbrio, seria perfeito. Mas aí não estaríamos vivendo nesse mundo decaído. Ainda bem que o Reino do Eterno está chegando para restaurar todas essas coisas."
Um comentário:
Debora, continue buscando de todo o coração a verdade, vc vai encontrá-la.
Claudia
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