Publicação fixa: Argumentos lógicos X tratados teológicos

Meus textos questionando o sistema religioso e as mentiras do cristianismo são sempre com argumentos de raciocínio lógico, porque para mim vale o que está escrito sem interpretações humanas, sem oráculos para traduzir o texto... Continue lendo.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Mentiras sutis

“Como o louco que atira brasas e flechas mortais, assim é o homem que engana o seu próximo e diz: ‘Eu estava só brincando!’ " Provérbios 26.18,19

Todo mundo sabe que mentira é pecado. Mas muitos falam mentiras sutis todos os dias e não percebem.

O uso da ironia é um exemplo disso. Segundo a Wikipédia, “a ironia é um instrumento de literatura ou de retórica que consiste em dizer o contrário daquilo que se pensa, deixando entender uma distância intencional entre aquilo que dizemos e aquilo que realmente pensamos.”

Por exemplo, alguém diz “Você está feia”, ou “Este bolo está horrível”. Mas queria dizer que a pessoa está bonita ou o bolo está uma delícia. Até mesmo bênção ou abençoado está virando sinônimo de ironia. Quem não ouviu ou falou algo tipo, “Essa criança é uma bênção”, mas na verdade queria dizer que a criança é imposssível?

Outro exemplo é quando alguém telefona para outra pesssoa e pede a quem atende para chamá-la e a pessoa diz que a outra não está, mas depois diz que era brincadeira. E esse exemplo se aplica a muitas outras situações, em que a pessoa mente e depois diz que era brincadeirinha, que só estava "zoando". O versículo postado acima diz tudo sobre isso.

E nas comunidades evangélicas também encontramos as mentiras sutis. Quantas vezes ouvimos alguém dizer que a irmãzinha está completando 20 anos, mas na verdade ela está fazendo 50 anos. Ou então o pregador cita um exemplo de algo errado, mas diz que isso não acontece naquela congregação, em tom de brincadeira, quando na verdade todos sabem que ele está falando deles.

Outra prática muito comum é festa surpresa em aniversário. Praticamente toda festa surpresa tem como base uma mentira, que não é nada sutil, é descaradamente uma mentira. E ainda se torna uma mentira coletiva, porque acaba envolvendo todos os amigos.

E uma outra forma de mentira sutil é a fuga da realidade, é fingir que está tudo bem, quando na verdade a pessoa está cheia de problemas. Isso acontece muito quando há um desentendimento com outra pessoa e não há arrependimento, mas a pessoa continua agindo como se nada tivesse acontecido.

Enfim, mentira é um vício. E a pessoa pode passar de um vício em mentiras grandes para mentiras sutis, e continuar mentindo.

Precisamos, de verdade, vigiar as palavras e ter cuidado com o que falamos.

O livro de Provérbios é uma boa leitura sobre o assunto língua. E o livro Eu e minha boca grande, de Joyce Meyer, é uma excelente reflexão.

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