Texto publicado em Eu creio.
NÃO sou evangélica (sou EX-evangélica), NÃO tenho religião, NÃO tenho igreja, NÃO tenho líder religioso humano. Estou fora do sistema religioso, em completa desconstrução. Mas creio em YHWH, o Eterno, estou aprendendo a obedecer à Torah (Pentateuco), a obedecer a TODOS os mandamentos e estou fazendo teshuvah. Sou sem-religião, mas minha vida é pautada pelos princípios bíblicos e sigo SOMENTE o que está na Bíblia e NÃO doutrinas humanas.
A perigosa linha tênue, não ultrapasse
NÃO sou evangélica (sou EX-evangélica), NÃO tenho religião, NÃO tenho igreja, NÃO tenho líder religioso humano. Estou fora do sistema religioso, em completa desconstrução. Mas creio em YHWH, o Eterno, estou aprendendo a obedecer à Torah (Pentateuco), a obedecer a TODOS os mandamentos e estou fazendo teshuvah. Sou sem-religião, mas minha vida é pautada pelos princípios bíblicos e sigo SOMENTE o que está na Bíblia e NÃO doutrinas humanas.
No Metrô do Rio de Janeiro há uma gravação que fica alertando os passageiros e diz assim: "Não ultrapasse a faixa amarela, ela é sua garantia de segurança". Em outras cidades deve ser do mesmo jeito, mas a frase pode não ser exatamente essa.
E no processo de desconstrução há uma perigosa linha tênue, que eu penso que não devemos ultrapassar. São muitos livros e textos para ler, e vamos lendo, lendo, pesquisando, a internet é um poço sem fundo, e quando nem percebemos, chegamos à beira da linha amarela e se não vigiarmos, perdemos mesmo a fé. E como disse antes, eu posso perder a fé em quase tudo, menos no Eterno, não é esse o caminho que eu quero para minha vida, não quero perder a fé no Criador, no Eterno. Entendo que podemos e devemos questionar tudo, mas não devemos deixar de acreditar no fundamental.
Quando percebi essa linha tênue, tomei algumas decisões:
Eu decidi crer em toda Torah (Pentateuco, Lei de Moisés), ela é meu chão, meu alicerce, e não aceito nada que contrarie a Torah. Por isso há alguns anos leio a parashá, a porção semanal da Torah. Quero me encher da Torah, resgatar tudo que me foi roubado pelo engano da religião.
Decidi aceitar o sentido literal da Torah, para mim vale o que está escrito, preto no branco, a não ser que seja algo explicitamente em sentido figurativo. Se está escrito guardar o sábado, para mim é isso que significa e ponto final. Nada de interpretações humanas, nada de intermediários. Entre qualquer coisa ou pessoa e a Torah, fico com a Torah, sempre.
E no processo de desconstrução há uma perigosa linha tênue, que eu penso que não devemos ultrapassar. São muitos livros e textos para ler, e vamos lendo, lendo, pesquisando, a internet é um poço sem fundo, e quando nem percebemos, chegamos à beira da linha amarela e se não vigiarmos, perdemos mesmo a fé. E como disse antes, eu posso perder a fé em quase tudo, menos no Eterno, não é esse o caminho que eu quero para minha vida, não quero perder a fé no Criador, no Eterno. Entendo que podemos e devemos questionar tudo, mas não devemos deixar de acreditar no fundamental.
Quando percebi essa linha tênue, tomei algumas decisões:
Eu decidi crer em toda Torah (Pentateuco, Lei de Moisés), ela é meu chão, meu alicerce, e não aceito nada que contrarie a Torah. Por isso há alguns anos leio a parashá, a porção semanal da Torah. Quero me encher da Torah, resgatar tudo que me foi roubado pelo engano da religião.
Decidi aceitar o sentido literal da Torah, para mim vale o que está escrito, preto no branco, a não ser que seja algo explicitamente em sentido figurativo. Se está escrito guardar o sábado, para mim é isso que significa e ponto final. Nada de interpretações humanas, nada de intermediários. Entre qualquer coisa ou pessoa e a Torah, fico com a Torah, sempre.
O que eu não entendo fica em stand by, um dia vou entender. E também decidi crer no texto que tenho em português. Sei que há muitos estudos sobre traduções, erros de tradução etc etc, mas decidi não me estressar com isso. Trabalho com o que tenho em mãos e se houver alguma coisa errada, um dia o Eterno vai restaurar tudo e fico esperando por isso, com paciência. O máximo que eu faço é ler em várias versões, em várias traduções, para entender algum texto duvidoso, ou esclarecer melhor o sentido de algumas palavras.
Também não confio em nenhuma nova tradução, mesmo sendo feita por alguém de teshuvah, principalmente depois de ter lido a introdução da David Stern (Bíblia Judaica), quando ele fala com transparência sobre os dilemas do tradutor entre escolher apenas um dos muitos significados para a mesma palavra. Para traduzir a Torah a pessoa teria que saber MUITO sobre TUDO, e não só saber falar hebraico e conhecer bem o português. Teria que conhecer a cultura israelita de fato, e não apenas de leituras. Se é brasileiro, teria que ter vivido NO MÍNIMO um ano em Israel. Enfim, não confio em tradutores, sempre vão colocar a sua visão e as suas crenças na tradução, então continuo usando as traduções que tenho em mãos.
Os outros livros do Tanach (Bíblia hebraica ou o chamado Antigo Testamento) também precisam concordar com a Torah, mas para mim não têm peso de lei absoluta, para mim são experiências, histórias, conselhos, mas não são mandamentos. Já é muita coisa aprender a Torah, porque perdemos muito tempo sem conhecê-la de fato, então prefiro um dia de cada vez, devagar e sempre. Por exemplo, os profetas eu não entendo, porque quando leio ainda tenho na mente as interpretações dos religiosos que ouvi a vida toda, ainda não descontaminei a mente o suficiente e é difícil retirar as lentes da religião, porque são muitos textos que parecem estar em sentido figurativo. Então eu leio e fico aguardando a revelação do Eterno, deixo na lista de espera.
Por isso só cumpro mandamentos que estão na Torah. Se não está na Torah, para mim não é lei, e também se a Torah não proíbe, então não é pecado. Há muita coisa nas tradições judaicas que não está na Torah, então para mim não tem peso de lei, como uso do kipá, uso do véu para mulheres e outras regras parecidas. Posso até adotar alguma boa tradição, mas me sinto livre para adotar ou não e não me sinto culpada se não o fizer. Da mesma forma não vou condenar aquilo que a Torah não condena, como por exemplo o divórcio, ou a poligamia (as leis brasileiras proíbem, mas nem por isso posso dizer que a Torah proíbe, ela não proíbe e até regulamenta).
E uma coisa muito importante, há mandamentos praticamente impossíveis de serem cumpridos na sociedade em que vivo, afinal estamos vivendo na diáspora, em um país que não obedece à Torah. Então procuro cumprir o que é possível, e o que não é, tento não me estressar com isso, peço perdão ao Eterno, peço misericórdia, mas ele sabe que quero obedecer e não faço tudo porque não é possível, e impossível é diferente de não me esforçar e não querer.
O que chamam de Novo Testamento está sub judice, e os evangelhos também não podem contrariar a Torah, e tudo que contraria coloco na conta de Roma e deixo em espera também. Há muitos artigos na internet sobre os erros de tradução, enxertos nos textos, textos entre colchetes, possíveis alterações propositais por parte de Roma para camuflar a origem israelita de Jesus e as práticas da Torah, muitos textos usados sem contexto e que viraram doutrinas evangélicas, e quando vamos pesquisar direito, não é bem isso que o contexto está dizendo, e o pior de tudo, como já citei em outro capítulo, são os textos que ouvimos e repetimos a vida toda como verdade, só que eles NÃO estão no Novo Testamento, nem no Tanach, mas podíamos garantir que estavam lá, mas não sabíamos onde, e assim de tanto ouvirmos mentiras elas acabam viraram verdades.
Os textos de Paulo e as outras cartas, principalmente o que interpretaram deles, para mim NÃO são considerados "Escrituras" ou "Bíblia" ou "Palavra do Eterno". Para mim são livros como os que leio atualmente, de autores modernos, e sigo o conselho do próprio Paulo, examino tudo e guardo o que é bom, ou seja, bom é o que não contraria a Torah. Se quiser saber mais sobre "paulinismo", clique aqui.
Apocalipse ainda está sendo analisado, e ainda não me sinto confortável para falar sobre ele. Em stand by.
Assim como no Brasil sigo o calendário gregoriano, para as festas bíblicas sigo o calendário oficial de Israel. Tenho plena consciência de que todos os calendários estão errados e na Torah não há parâmetros para sabermos a contagem correta dos tempos, só é possível saber que o mês começa na lua nova, que o ano começa no mês de Pessach, mas que dia da semana é hoje de verdade, não sei, que ano estamos, não sei. Quando lemos a história dos calendários, vemos tanta invenção por parte dos homens ao longo dos séculos que para mim é impossível acreditar na veracidade de qualquer um deles, inclusive o de Israel. Quem me garante que a sexta-feira é mesmo sexta-feira e não terça-feira? Mas eu não posso e nem pretendo inventar um calendário. E também não vou ficar estressada se a lua nova é em 0% ou 5%, e seguir um calendário diferente do de Israel por causa de horas ou de um dia de diferença em alguns meses do ano, é preciosismo demais para mim, afinal há diferença de fuso horário, por exemplo. Sigo o calendário do país Israel e pronto. Quero ter unidade com eles e é o que tenho como referência hoje. Ah, e fico maravilhada com a ideia da lua servir como contagem dos dias e constatar que a lua é nova ou cheia em todo o mundo, independente da estação do ano.
Procuro não ouvir, não ler e não assistir vídeos de sermões evangélicos, de pastores evangélicos, porque eles falam muita filosofia e deturpam muita coisa, tiram texto de contexto, fazem doutrinas em cima de um versículo, e não aceitam a Torah como um todo. E preciso me descontaminar de tudo que ouvi e aprendi errado a minha vida toda dentro do sistema religioso. Quero ouvir somente o Eterno, sem intermediários, sem filtro humano, sem lentes da religião.
Não idolatro os autores que leio ou cito. Se leio um texto muito bom de um autor, não fico revirando a internet procurando tudo o que esse autor escreveu ou disse. Não vou atrás dele onde ele estiver palestrando. Não viro sua fã número um, nem número 2.000. Quando cito um autor, não significa que concordo com tudo o que ele escreve. E procuro ler vários autores, várias fontes diferentes, várias correntes diferentes, leio de tudo, sem preconceitos ou medo de ser contaminada, mas novamente vale lembrar o conselho de examinar tudo e guardar o que é bom e oro sempre pedindo que a verdade seja revelada, que saia todo engano do nosso meio e que eu tenha sabedoria e discernimento.
Também diminuí a intensidade das leituras e pesquisas quando percebi que havia muita coisa suspeita, muito sensacionalismo, dei um tempo para digerir e meditar em tudo que já havia estudado. Isso foi muito bom para acalmar a ansiedade.
E quero distância de pessoas ou grupos que têm certeza demais e querem impor suas verdades. Prefiro os que dizem: "há correntes que acreditam nisso, outras naquilo", "dizem que é isso, mas eu não tenho certeza", "se é que ele disse isso mesmo", "é uma possibilidade", "é uma das teorias", "preciso pesquisar melhor sobre o assunto". E assim deixam o outro livre para decidir e pesquisar. A pior coisa é ter certeza demais, ser intransigente, e depois descobrir que estava errado. A pessoa tem até direito de mudar de ideia, mas seria legal se pedisse perdão e reconhecesse que estava enganado, mas não é isso que tenho visto. A única certeza para mim é a Torah, e se está escrito na Torah, tenho certeza. O resto é teoria a ser comprovada.
E o meu conselho para você é: cuidado, não ultrapasse a linha tênue, não desconstrua demais, porque é muito fácil cair na descrença total, é muito fácil negar tudo, e eu creio que isso é muito perigoso. Tenha cuidado com textos na internet, de fontes duvidosas e sensacionalistas, muito cuidado. Filtre tudo na Torah, não acredite em tudo que lê. Tome cuidado com autores muito populares, que até usam um discurso de santidade, puxam a orelha do povo, mas não pregam teshuvah, desses eu fujo correndo. Enfim, atravessar a faixa amarela pode levar ao "mundão" ou à descrença, muito cuidado, não ultrapasse. E eu saí do sistema religioso para não perder a fé, e não para cair no "mundão" ou virar ateia.
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