Publicação fixa: Argumentos lógicos X tratados teológicos

Meus textos questionando o sistema religioso e as mentiras do cristianismo são sempre com argumentos de raciocínio lógico, porque para mim vale o que está escrito sem interpretações humanas, sem oráculos para traduzir o texto... Continue lendo.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Filosofia meme: Alimentação saudável 2


quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Sobre meu pai, cuidar de idosos e senilidade

Conforme o tempo vai passando – dois meses e dez dias – o momento Pollyanna vai chegando aos poucos e estou tentando ver o lado bom de tudo o que aconteceu. Um lado bom é que meu pai se foi antes de piorar. Ele estava dando muito trabalho, começando a ter que usar fraldas e resistindo de todas as formas, não queria de jeito nenhum, e estava até violento por causa disso. E foi logo no início desse processo que ele se foi. Outro ponto positivo é que ele se foi rápido, ficou 22 dias internado – e na hora parecia uma eternidade –, mas agora posso ver que foi tudo muito rápido e ele não ficou entrevado em uma cama por anos, e vejo nisso resposta às nossas orações, porque sempre pedi isso ao Eterno. Outro lado bom é que ele não se foi dormindo, como sempre imaginei que seria – é, eu ia ver se ele estava respirando de madrugada, de manhã, rsrs –, mas ele precisou ficar esse tempo no hospital para que todos os filhos pudessem se despedir dele, foi um mal necessário, hoje entendo isso, havia coisas a serem resolvidas e espero que tenham sido.

Não, eu não vou ficar dizendo que meu pai era bonzinho só porque morreu. O bichinho era osso duro de roer. Teimoso, reclamava de tudo, nada estava bom, muito orgulhoso, não pedia ajuda para nada por causa do orgulho – ou excesso de cavalheirismo, rsrs [p.s.: eu vivia dizendo que aprendi humildade com ele, ou melhor, a não ser como ele rsrs] –, e não pedia desculpas por nada, enfim, ficou um velho bem difícil de se lidar. Briguei muito com ele, porque ele era como criança, precisava de limites. Não admitia suas dificuldades. Para começar a usar a bengala, quando passou a cair na rua, foi uma novela. Depois a bengala não dava mais conta, trocamos pelo andador, e foram duas novelas, e ele xingou muito por causa disso. E a fralda nem deu tempo de tanto drama, porque ele foi para o hospital logo no início da tentativa de fazê-lo usar fraldas.

Mas ele era como criança, a senilidade estava avançando. Apesar de reconhecer todas as pessoas, a memória atual estava bem fraquinha, às vezes lembrava a Dory do Nemo. Como não nos ensinaram sobre demência ou senilidade, pensávamos como a maioria da população, que o sintoma maior era o esquecimento, mas não sabíamos que a violência fazia parte dos sintomas, e ele estava ficando violento nos últimos meses de vida. Não era o caso do meu pai não reconhecer as pessoas ou esquecer de coisas importantes, como disse, ele reconhecia as pessoas, lembrava das coisas fundamentais do dia a dia, mas esquecia coisas simples e principalmente situações de estresse.  

Por exemplo, se ele caía, no dia seguinte não se lembrava porque estava com o braço roxo. Se aprontava alguma travessura e a gente brigava com ele, no dia seguinte não se lembrava disso  – ou fingia esquecer rsrsrs – já que pedir desculpas não fazia parte do vocabulário dele. Ele esquecia que eu morava no Rio e Gláucia no Espírito Santo, ainda pensava que éramos "vizinhas" de Rio e Belford Roxo. Quando ele ficou um tempo na minha casa e fui levá-lo para casa da Gláucia e fomos de avião, no dia seguinte chegou uma visita na casa dela e a visita ficou conversando com meu pai na sala, e da cozinha eu ouvi a visita perguntar para meu pai como foi no Rio de Janeiro. Aí o velho respondeu que fazia um tempão que ele não visitava o Rio. Então eu fui para a sala, ele olhou para mim e disse: "Ué, você está aí, chegou quando?" E eu tive que lembrá-lo que ele estava no Rio comigo, e que havíamos chegado no dia anterior, juntos, de avião, lembra? E aí ele se lembrou.

Em situações de estresse era pior ainda. Há uns anos montamos uma casa para ele morar junto com a irmã dele, porque os dois estavam muito sozinhos, conversamos e ele aceitou numa boa. Mas não durou um mês, porque ele ficou reclamando de tudo, e dizia que só ficaria lá se eu fosse morar junto com eles. Não deu certo e ele voltou para minha casa. E depois ele não se lembrava que morou lá com minha tia. Sempre que o levávamos para visitá-la, ele falava como se não tivesse morado lá naquela casa. Era muito estranho.

E em uma outra situação de estresse, quando ele estava passando uns dias na casa de parentes dele, uma pessoa levou ele para passear na casa dela, mas sem autorização de quem estava responsável por ele  – ele era como criança, se chamassem para comprar bala, ele iria –, e depois a pessoa responsável foi buscar e ele fez birra e não quis ir embora, tive que ir buscá-lo e quando me viu já foi levantando e me seguindo para ir embora, disse que queria ir para casa. Mas no dia seguinte ele não sabia dizer como chegou na casa da pessoa que o levou, não sabia se foi de ônibus, de carro, de táxi. Não sabia quanto tempo ficou lá – um dia, uma noite e uma manhã –, e não se lembrava de que foram buscar e ele não quis ir, ficou vermelho dizendo que eu estava inventando aquilo, que não aconteceu. E ainda pensou que fui eu que o levei para a casa da pessoa, porque ele não se lembrava de quase nada. Ele só disse que foi porque ela mandou, aí ele foi passear com ela, mas não sabia para onde foi, nem porque foi levado para lá, nem como chegou lá.

Enfim, esse era meu pai no fim da sua vida. Continuava engraçado, contando piadas, falando gracinhas e pérolas, como uma criança. Gostava de boa comida, macarrão um dia sim e outro também. Mas um bichinho teimoso e desobediente, uma criança grande e velhinha, mas uma criança.

Eu sempre dizia que não tinha pai, que tinha avô, porque ele se casou aos 40 e foi pai aos 42 anos, e quando passamos a cuidar dele ele já estava bem idoso, e eu e Gláucia assumimos a missão muito novas, e isso explica nossa dificuldade em lidar com os sintomas da senilidade. Apesar de termos passado por vários médicos, nunca nenhum deles conversou sobre isso com a gente, infelizmente. Hoje percebo que podíamos ter tratado, ter dado um remédio que diminuísse a teimosia e a violência. E agora o que posso fazer, e tenho feito, é conversar com pessoas que conheço e que cuidam de idosos, alertando para que elas procurem tratamento antes que os sintomas piorem.

Sempre me perguntava porque nossos idosos são tão difíceis, a maioria é assim, poucos são bonzinhos. Via as notícias de cuidadores que maltratavam idosos e ficava pensando nisso tudo, e hoje percebo que muita coisa ruim poderia ser evitada se houvesse mais informação correta sobre envelhecimento, demência, senilidade. O jeito agora é trabalhar para que outras pessoas não passem pelo que nós passamos, por desconhecermos os detalhes da situação.

Tentamos fazer o nosso melhor, como já disse no outro texto, mas sei que falhamos, e hoje vejo que falhamos mais por desconhecimento do assunto. Ainda assim hoje estou começando a ver o lado bom de tudo isso, e sei que com o tempo vamos conseguir superar a tristeza, espero que sim. E espero que nossa experiência possa ajudar outras pessoas a lidarem com a difícil, cansativa e desgastante tarefa de cuidar de idosos.

Obs.: De forma alguma esse momento Pollyanna serve para o tratamento do hospital. Continuo revoltada com o sistema de saúde e ali não houve um só lado bom de tudo isso.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Filosofia meme: Alimentação saudável 1










Dica de leitura: Qual tipo de alimento é melhor para a saúde?


A difícil arte de educar


terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Nosso roteiro alternativo na Europa: França, Andorra e Itália



Assim como o post sobre o Panamá, decidi escrever este post em agradecimento aos muitos blogueiros que me ajudaram com informações sobre a Europa. E assim como eles me ajudaram, espero também contribuir com outros turistas que vão passar por lá.

Diferente do Panamá, Itália estava, sim, na nossa lista “Antes de ficarmos velhos”, porque é a terra dos nossos antepassados – meus bisavós paternos vieram para o Brasil em 1895, acredita-se que eles eram de Verona, e minha bisavó estava grávida da minha avó, que nasceu em Minas Gerais três meses depois que eles chegaram aqui. E o avô de marido nasceu na Itália e veio para cá com dois anos. Então havia esse saudosismo da “terra nostra” e partimos rumo à realização do sonho de uma vida toda. E já que estaríamos logo ali ao lado de Paris, rsrs, argumentei que deveríamos aproveitar, e então acabamos aumentando o roteiro também para França e Andorra.

Nosso roteiro foi: Paris, Marseille, Carcassonne, Andorra, Roma, Città Sant'Angelo, Gradara, Verona, Lago de Garda em Sirmione, e Milão. Marido havia estado em Marseille, na França, em 2012, em um congresso do trabalho, e conheceu Carcassonne e Andorra, e desde que voltou dizia que queria me levar nesses lugares, por isso eles foram incluídos no roteiro. Erramos em alguns momentos, porque faltou tempo em algumas cidades, mas no final foi uma boa panorâmica dos três países.

Paris, França – É, amigo Phillipe tinha razão, foi muito pouco tempo rsrs –, mas conseguimos fazer o básico. Seguimos os conselhos e compramos ingressos para a Torre Eiffel ainda no Brasil, e nosso horário seria à tarde do nosso primeiro dia de turistas. Então na primeira manhã fomos a pé até o Musée de l'Orangerie, sugestão da minha amiga Renata, obrigada, amiga. E depois de uma fila básica de duas horas curtindo um friozão, ficamos ali, sentados, contemplando as enormes telas de Monet, perdidos no tempo, mergulhando em cada tela. Inesquecível! À tarde choveu muito, mas como já estávamos com ingressos, fomos assim mesmo para a Torre, mas não conseguimos encontrar a pessoa da agência para pegar os ingressos. Frustrados voltamos ao hotel e enviamos um e-mail de reclamação à agência, mas não recebemos resposta.

Achamos que havíamos perdido nosso dinheiro e não conseguiríamos subir ao topo da Torre. No dia seguinte, que para nossa surpresa amanheceu com céu azul, fomos ao Louvre e ao Arco do Triunfo, novamente caminhando, nesse dia meus pés doeram muito, errei no sapato, mas foi uma delícia de passeio. À tarde voltamos à Torre para fazer umas fotos só embaixo mesmo, mas eis que avistamos uma pessoa da agência e explicamos o que havia acontecido no dia anterior, ela verificou nossa reserva, telefonou para a agência e nos entregou os ingressos e nos incluiu em um grupo que estaria subindo naquele momento. Ah, melhor impossível, para quem já havia perdido a esperança de subir. E melhor ainda foi que, apesar de não termos enfrentado fila para entrar, porque estávamos com o grupo da agência, mas lá dentro as filas para os elevadores eram enormes, quando conseguimos chegar ao topo estava na hora exata do pôr do sol, e mais incrível ainda é que a lua cheia estava nascendo do outro lado. Eu, heim, se tivéssemos programado isso não teria dado tão certo. Simplesmente maravilhoso. E outra história inusitada é que nesse dia almoçamos e jantamos em um restaurante kosher de comida japonesa perto do hotel, ou seja, comida japonesa na França e estava delicioso, gostamos tanto que voltamos para o jantar.

No dia seguinte fizemos umas comprinhas no mercado perto do hotel e seguimos para a Gare de Lion, onde embarcamos no trem para Marseille, na região de Provence. E au revoir, Paris!

Marseille, França – A viagem de trem foi uma experiência gostosa, queria muito andar no trem rápido, e foi como pensei, paisagens lindas, em alta velocidade, mas nem parecia, trem confortável, embarque organizadíssimo. Amei. Ficamos apenas uma noite e uma manhã em Marseille. À noite fomos ao porto e jantamos em um restaurante com vista para o mar. E na manhã seguinte pegamos o carro que já estava alugado antes de viajarmos e fomos conhecer um calanque, ou seja, uma das enseadas maravilhosas de Marseille, pena que estava friozinho e não tínhamos muito tempo para um mergulho naquele mar lindíssimo. E então seguimos para Andorra, mas no caminho uma passadinha em Carcassonne.

Carcassonne, França – Uma paradinha na cidade medieval, mas o melhor de tudo é que chegamos em um dia de festival, que não sabíamos que estava acontecendo, e havia muitas pessoas com roupas da época medieval, que parecia uma festa cosplay, e estavam encenando uma invasão à cidade. Carcassonne, além de estarmos em um cenário de filme, há muitas lojas interessantes, e imperdível é a loja de frutas cristalizadas e torrones de diversos sabores e cores, o melhor que eu já provei, e eu nem era muito fã de torrone. Não conseguimos entrar no castelo porque quando chegamos já estava fechado.

Andorra – Um pequeno principado entre França e Espanha, o único país no mundo em que a língua oficial é o catalã – Bárbara, lembrei do nosso amigo Gaudí. Chegamos à noite, ficamos um dia inteiro passeando e no dia seguinte bem cedinho voltamos para Marseille, onde nos despedimos da França, pois no final da tarde seguimos para Roma. Ah, e a viagem pelos Pirineus é inesquecível e tão linda.

Itália: Terra nostra, o sonho da vida inteira

Roma, Itália – Chegamos à noite e fomos direto para o hotel inusitado, que foi uma grande surpresa. Não tinha “cara” de hotel e era uma entrada de um prédio residencial, e era um apartamento transformado em hotel de três suítes, com uma recepção pequena junto a uma cozinha que nos foi franqueada para usarmos à vontade, e o quarto com janela para uma área típica de prédios italianos, com flores nas sacadas. O proprietário nos recebeu, entregou as chaves do quarto, do apartamento e da portaria do prédio e foi embora. Simplesmente amei o hotel diferente.

A passadinha por Roma foi amor e ódio. Podem zoar, eu mereço. Eu não queria conhecer Roma, não queria fazer turismo religioso e todo mundo só fala nisso, mas marido queria fazer "visita técnica" ao Coliseu (casal perfeito, eu faço turismo ecológico e marido faz turismo "engenheirológico"), então ele só programou meio dia em Roma e escolheu um hotel perto do Coliseu. Aí chego lá e descubro, apenas no trecho de 10 minutos a pé do hotel ao Coliseu, coisas lindíssimas, árvores lindas, um parque delicioso – ah, até fiz piquenique mental, rsrs –, flores, flores e mais flores, e muitas oliveiras, porque lá tem oliveiras em quase todo quintal. Até “expulsei” um rapaz sentado à sombra de uma oliveira grande para eu fazer uma foto. E aí fico arrasada por não ter ficado mais tempo por lá. E agora vou ter que voltar a Roma. Pegamos o carro alugado previamente, almoçamos um excelente gnocchi delicioso, finalmente encontramos um gnocchi tão bom quanto o da minha sogra (que marido faz igualzinho), e fomos para nosso destino principal.

Città Sant'Angelo, Pescara, na região de Abruzzo, de volta às origens – Chegamos à noite, deixamos as malas no hotel e fomos comer pizza em Pescara, à beira do mar Adriático. No dia seguinte fomos explorar a cidade antiga e conhecer o local de origem da família de marido. A cidade começou a ser reconstruída em 1.240, depois de ter sido destruída na Idade Média, e o registro mais antigo tem a data de 875, e a cidade antiga fica em cima do monte e é cercada por uma muralha, mas não tem castelo, porque era uma cidade de mosteiros. A cidade antiga é pequena e fizemos o percurso todo a pé, fotografando cada detalhe, andando pelos becos, explorando cada cantinho. E encontramos uma placa de uma funerária com o sobrenome da família de marido e uma placa em homenagem a alguns mortos em bombardeio na Segunda Guerra e um dos nomes também tinha o sobrenome dos antepassados de marido. Nem procuramos ninguém da “família”, porque não era nosso objetivo e seria um problema “conversar” com alguém, porque não falamos italiano e nosso inglês é de sobrevivência, e com certeza a pessoa ia querer falar muito, rsrs. À tarde tentamos ir à praia, mas quando chegamos lá ficou muito nublado e esfriou muito, então só molhamos os pés no mar Adriático e almoçamos de novo no mesmo restaurante.

No dia seguinte fomos a uma vinícola da região, compramos vinho e depois fomos ao shopping e comemos uma pizza maravilhosa na lanchonete do shopping. Em Città Sant'Angelo aproveitamos para descansar um pouco, já que reservamos um tempo maior ali e o ritmo foi pesado antes e voltaria a ser pesado depois. Então na terceira manhã saímos bem cedinho rumo às últimas cidades da viagem. Arrivederci, Pescara.

Gradara, Itália – Outra cidade medieval, outro castelo. Cidade onde viveu Lucrécia Bórgia. Ali conseguimos entrar no castelo. Lugar lindo, é como estar em um filme do Rei Arthur.

Verona, Itália – Cidade em que família de marido recebeu título de nobreza, provável cidade dos meus bisavós, e cidade de Romeu e Julieta, se existiram de verdade, rsrs. Ficamos só uma noite e uma manhã em Verona. Pela manhã fomos aos principais pontos turísticos: A ponte Scaligero, Rio Adige, Castel Vecchio, Arena, feira da Praça Delle Erbe e Casa da Julieta. E na hora do almoço seguimos viagem.

Lago de Garda, em Sirmione, Itália – O maior lago da Itália, com águas termais aquecidas por um vulcão. Lugar simplesmente lindo. Passeamos de barco pelo lago e fomos perto das ruínas. E dei comida na minha mão para pardais. Depois seguimos para nossa última cidade, com direito a um maravilhoso pôr do sol no caminho.

Milão, Itália – Chegamos à noite, ficamos um dia passeando, passamos mais uma noite e saímos de madrugada para voltar ao Brasil. Andamos bastante curtindo nosso último dia, com direito a garçom brasileiro no restaurante. Visitamos o Arco da Paz, o encantador Parque Sempione, o Castello Sforzesco, a famosa Catedral de Milão, maior catedral gótica da Itália, cuja construção durou 500 anos, e a Galeria Vittorio Emanuele II, com seu piso espetacular. E acabou, que pena. Arrivederci, Itália.

Poderia resumir tudo o que vi na França, Andorra e Itália em uma frase: cada esquina um flash. Muitas flores, muitas árvores lindas, muita história, lugares lindos, prédios lindos, era difícil andar, porque queríamos fotografar tudo. Valeu a pena cada centavo, cada minuto. E agora fica a vontade de quero mais. Se eu senti saudades do Rio? Ah, não senti, não. Mas tinha que voltar, né, fazer o quê? Rsrs.

(Demorei um pouco para conseguir escrever sobre isso porque quando voltei fui cuidar do meu pai no hospital. Antes de viajar havia combinado com minha irmã que eu iria buscar meu pai para ele voltar a morar na minha casa. Ele estava em uma fase difícil de velhice, estava ficando um pouco violento e minha irmã estava muito cansada. E quase no final da viagem minha irmã me falou que meu pai estava pior e que ela havia pedido ajuda a outra pessoa até eu chegar, mas a pessoa não podia ir para lá. Então lá mesmo na Itália comprei passagem para ir à casa da minha irmã no dia seguinte à minha chegada ao Rio. Cheguei dia 28 de outubro à noite e no dia 29, às 6h20 da manhã já estava embarcando para o Espírito Santo. Quando cheguei em São Mateus, onde meu cunhado iria me buscar, fiquei sabendo que meu pai havia caído em casa e estava sendo levado para São Mateus, porque o hospital de Conceição da Barra estava sem raio X. Então fomos direto para o hospital esperar meu pai e minha irmã, que estavam vindo na ambulância. A notícia nada boa foi que ele fraturou o fêmur, de novo, e precisaria de cirurgia. Enfim, foi internado, e passei aquela noite com ele no hospital, começando assim os 17 dias que fiquei a maior parte do tempo no hospital. No 18° dia voltei ao Rio porque outras pessoas foram para lá ajudar. E no 22° meu pai faleceu. Não voltei para o enterro, já havia me despedido dele, porque eu já sabia que tinha chegado a hora dele, só fui lá de novo uma semana depois.)

Filosofia meme 3

Vi no Facebook:



























(Ilustrações retiradas da internet)

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Dica de leitura: Eu sou o monstro que serve frutas...


segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Dica de leitura: O que é violência obstétrica


domingo, 19 de janeiro de 2014

Ah, pequei!


sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Momento fofura


terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Dica de leitura: Relato de um pai empoderado

Sempre fui chorona e nem sei se devo continuar lendo esses relatos, porque estou uma manteiga derretida. E é lindo perceber que ainda há seres humanos de verdade querendo mudar e mudando o mundo. É tudo muito, muito humano. Faço a minha parte ajudando a divulgar.

"Recebi cheio de surpresa e orgulho o convite da Elaine para escrever um texto sobre ser pai. Demorei para entregar, não sabia por onde começar. Comecei. Ao invés de um texto, escrevi um poema e pensei em mandar o poema e só. Sendo que para mim, este “só” não era pouco. Terminei o poema no meio da madrugada e fui devagarinho no quarto para lê-lo para a Priscilla, minha companheira. Quando cheguei perto dela..."

Dica de leitura: Terapia contra depressão


Dica de vídeo: Jackie Evancho com apenas 12 anos tem uma das vozes mais incríveis que você já ouviu





domingo, 12 de janeiro de 2014

Dica de leitura: Parto em casa, passo a passo

"Apesar da mídia ter, nos últimos tempos, aumentado a visibilidade sobre o tema do parto domiciliar, cada vez que eu participo de uma conversa sobre o tema, eu percebo que a maioria das pessoas não faz a menor ideia de como ele acontece na vida real. No terreno da fantasia a mulher sente dores, seu marido chama a parteira. Ela chega com uma sacolinha com alguns panos brancos e uma tesoura.
Ela faz o parto, de certa forma faz o menino nascer, dá um tapa no bumbum, limpa tudo, faz uma sopa, tira o avental sujo e vai embora para casa.
Vou então contar como que acontece, tipicamente, o atendimento de um parto em casa no ambiente urbano, por parteiras profissionais."
Continue lendo em http://vilamamifera.com/parteriaurbana/parto-em-casa-passo-a-passo/#

Dica de leitura: Lindo relato de uma médica empoderada

Você pode ler tudo aqui também: http://www.gravidinhasemaezinhas.com.br/artigo/66/relato-do-parto-da-bianca-flavia-aguiar





Aqui se faz, aqui se paga

O avô da minha amiga sempre dizia que ela não deveria ter pena quando visse alguém sofrendo, porque ela não sabia o que essa pessoa já poderia ter feito de maldade na vida.

Infelizmente as pessoas não reconhecem que seus problemas podem ser consequências de seus erros e pecados, e assim não conseguem aprender a lição, nem se livrar dos problemas. Mas tanto a Bíblia como os ditos populares dizem que pecado traz maldição-castigo-consequência, que colhemos o que plantamos, que aqui se faz, aqui se paga, e que a vida manda a conta com juros e correção monetária. O problema é conseguirmos enxergar isso na nossa vida.

Às vezes o castigo é tão óbvio, é tão olho por olho, que é triste a pessoa não reconhecer, porque poderia ter ficado livre do castigo há tempos.

Por exemplo, um pai que não paga pensão para os filhos, os filhos passam necessidade, sofrem privações e ainda ficam decepcionadas com esse pai, e aí a vida desse pai é um constante desemprego, não consegue parar em emprego algum, não consegue se estabilizar, nem subir na vida, é um "azarado", apesar de gostar de trabalhar e ser inteligente. O que é isso senão um grande olho por olho? É tão visível, porque o castigo é na mesma área em que o pecado – e crime – foi cometido.

E uma pessoa que maltrata cruelmente uma criança e depois uma outra criança que ela ama muito passa por problemas graves. O que é isso senão também um enorme olho por olho, dente por dente. O castigo de novo é na mesma área do erro.

E a pessoa que mente e faz fofoca sobre outra pessoa, e depois passa pela situação idêntica a da sua fofoca, ou é alvo da mesma mentira e fofoca. O que é isso? Olho por olho, dente por dente.

Mas sim, há coisa não tão óbvias, até por causa da nossa ignorância nesse assunto de pecado-consequência. Enfermidade é um desses castigos não tão óbvios, quer dizer, mais ou menos, porque se cada um reconhecesse de verdade os seus erros, seria bem mais fácil identificar o motivo do castigo.

O grande problema é que o sistema religioso deixou de ensinar que enfermidade é castigo, indo totalmente contra ao que a Torah ensina, a aí as pessoas ficam orando para serem curadas, fazem correntes e mais correntes de oração, quando a solução seria um simples reconhecimento do erro, arrependimento, pedir perdão e esperar que a enfermidade fosse embora. E outro grande problema do sistema religioso é ficar dizendo que o prêmio e castigo só acontecerão no Juízo Final, aí as pessoas ficam acreditando nisso e não percebem que já estão pagando pelos seus pecados aqui mesmo, agora.

Exatamente como acontecia na Bíblia, quando a pessoa ficava doente, ia ao sacerdote, confessava o pecado e fazia sacrifício por isso e depois era curada, e no caso de doenças de pele ficava isolada por sete dias, até a enfermidade sarar e ela poder voltar ao convívio da sociedade. Mas a pessoa sabia porque estava doente. E há outros exemplos na Bíblia em que a pessoa consulta um profeta para saber porque está doente. Ou seja, saber o porquê é fundamental para a cura, tratar a causa e não o efeito.

Por exemplo, desconhecemos que doenças de pele (que traduziram como lepra, mas há várias outras doenças) podem estar ligadas a pecados de fofoca, de mentira, de falso testemunho, pecados da língua. Desconhecemos que doenças no aparelho digestivo, ou digestório, podem ser consequências de não obedecermos as leis de alimentação da Torah. Então, era só fazermos um pequeno exercício de autoconhecimento que poderíamos começar a entender os motivos dos problemas, tragédias e enfermidades na nossa vida.

O difícil é pararmos para reconhecer isso, que ainda somos, sim, castigados por nossos pecados. E mais difícil ainda é reconhecer que mesmo pedindo perdão, mesmo nos arrependendo, dependendo da gravidade do pecado, a consequência do pecado pode não ser retirada.

Mas tudo passa pelo reconhecimento de nossa desobediência. E mesmo que continuemos dizendo que não há mais castigo se pecarmos, que uma coisa não está ligada a outra, nada disso vai fazer com que as consequências evaporem. E o resultado é que as pessoas vão continuar doentes, com problemas, passando por tragédias, e muitas vezes sem necessidade, e que já podiam estar livres de tudo isso há muito tempo, mas não reconhecem que é castigo pelo pecado, aí não tem jeito.

Fico pensando em quantas pessoas morreram por causa disso, por não terem feito uma profunda avaliação de sua vida e não terem reconhecido seus pecados, e a enfermidade não foi curada, apesar de todas as correntes de oração. Quanta dor poderia ter sido evitada com um simples arrependimento.

A verdade é que mesmo não acreditando nisso, não tem jeito, aqui se faz, aqui se paga.

Ilustração da internet.

P.S.: Peço perdão, pois eu pequei. Mas uma pessoa que mentiu muito sobre mim, fez fofoca com meu nome, envenenou várias pessoas contra mim, e não se arrepende, não reconhece, apesar de eu ter confrontando diretamente, e agora fico sabendo que está sendo vítima do seu próprio veneno, sendo alvo de fofocas e calúnias, ah, não tem preço. Perdão, eu pequei, dei um sorriso de vitória e falei: bem feito. Aqui se faz, aqui se paga, mesmo que a pessoa não reconheça isso.

Última palavra sobre as mentiras com meu nome

Tem P.S. no meio e no final.

Há seis anos pelo menos quatro pessoas resolveram falar mentiras e fazer fofocas com meu nome e conseguiram envenenar outras tantas que acreditaram nelas, incentivando o ódio, apesar de todo meu esforço em tentar desmentir tudo isso. Então, cansei, e quero gastar uma última gota de suor nesse assunto e vou fazer um último esclarecimento.

É mentira que tentei roubar filho dos outros, isso nunca aconteceu, nunca ajudei alguém por interesse, então se você ouviu algo sobre isso, saiba que É MENTIRA e já esclareci neste texto. Não tratei ninguém como gata borralheira, não fiz ninguém de escrava, não explorei ninguém. Pelo contrário, fui explorada, abri mão do meu conforto, meus recursos, meu tempo, para ajudar as pessoas e cuidei delas com todo carinho e conforto. Tenho muitas fotos e testemunhas que podem provar a verdade. Muitos que falam o contrário não conviviam comigo, não frequentavam minha casa, não conheciam a verdade, e os que conheciam mentem de propósito, mas sabem que estão mentindo. A única coisa que fiz foi deixar muito claro ANTES as regras do jogo. Nunca enganei ninguém, mas todos sabem que sou exigente, então fui muito transparente nas condições do acordo, e se não cumpriram a parte deles, então quebraram o acordo PREVIAMENTE declarado. Era minha casa, então eram as minhas regras de alimentação, de vestimenta, de higiene. E foi só isso que aconteceu. Qualquer coisa além disso é mentira e fofoca.

E também É MENTIRA que não publiquei meu segundo livro porque fui ameaçada de processo. Isso nunca aconteceu. Não é verdade de jeito nenhum. Já esclareci porque não publiquei um segundo livro aqui no texto do livro que publiquei em forma de blog. E o motivo foi simplesmente minha desconstrução e saída do sistema religioso. Apenas isso. Não houve nenhum outro motivo para eu não ter publicado um segundo livro em papel, mas publiquei em forma de blog e está lá para quem quiser ler.

E sobre a situação em que precisei acionar a polícia, não posso relatar aqui, mas tive motivos justos e reais para isso, e se alguém quiser saber a verdade, é só me procurar que esclareço sem o menor problema.

Não sei porque essas pessoas resolveram mentir assim sobre mim, não sei o que fiz para elas, pergunto e ninguém diz o motivo ou o que eu fiz de errado. Apesar de várias tentativas de esclarecer tudo isso, a reação delas tem sido pior a cada ano.

Mandei e-mail para duas delas perguntando se haviam dito aquelas mentiras sobre mim, e se disseram mesmo, gostaria que me pedissem perdão e que desmentissem isso com as pessoas. Uma delas me telefonou, pediu perdão, confessou que falou mesmo uma das mentiras, que estava arrependida etc etc. Eu disse que até perdoava, mas que dificilmente confiaria novamente, até porque não era a primeira vez. E depois de um tempo, quando essa pessoa tentou se aproximar para pedir favor, eu disse que não queria assunto, porque a mentira teve consequências graves para outras duas pessoas, e que eu só voltaria a me relacionar quando as pessoas prejudicadas fossem restituídas – o que não aconteceu até hoje, então não quero assunto mesmo. A pessoa pediu perdão, mas se nega a reconhecer que a mentira que ela disse prejudicou gravemente outras pessoas, então para mim o arrependimento não foi sincero. E em outro momento eu disse para essa pessoa que ela deveria procurar as pessoas para quem ela mentiu e deveria desmentir tudo que disse, mas a resposta dela foi simplesmente um deboche, uma ironia, e ignorou meu pedido. Desisto dela.

A outra pessoa declarou que nem leu meu e-mail e nem ia ler, o marido foi quem abriu o e-mail e “traduziu” para ela. E a partir daí o relacionamento foi totalmente cortado. Em uma outra situação ela até explicou a mentira, mas em nenhum momento pediu perdão, nem desmentiu, e continuou dizendo que não leu meu e-mail. Desisto também.

Mandei ainda outro e-mail para outra das quatro envolvidas, mas nunca me respondeu e recentemente ela mandou mensagem para terceiros no Facebook e provou que continua falando mentiras sobre mim. E desisto dela.

Tentei ainda esclarecer com pessoas que apoiaram os mentirosos, pessoas que não me procuraram para ouvir o meu lado, mas ficaram do lado de alguém que há mais de 20 anos prova que tem desvios de caráter, e acreditaram em outra pessoa que tem fama de fofoqueira e mentirosa, mas infelizmente as pessoas preferiram apoiar pessoas com um histórico tão duvidoso e não vieram me perguntar o que havia acontecido de verdade. E também em outra situação em que se aproveitaram de uma pessoa com sérios problemas psicológicos, problemas que todos eles conhecem, mas preferiram apoiar a pessoa que na verdade precisava de muita ajuda, e que depois de ser usada, foi abandonada por elas na hora em que mais precisava. Então, desisto de todas.

Enfim, eu tentei conversar, por e-mail, lógico, porque já expliquei neste outro texto que não converso por telefone, nem pessoalmente sem gravar [apesar de NINGUÉM me procurar para conversar pessoalmente, como gostam tanto de exigir], mas apesar de eu falar, falar, falar, ninguém me ouve. E estou mesmo desistindo de tentar esclarecer, não procuro mais ninguém para falar nada, estou colocando uma pedra em cima disso tudo e fingindo que essas pessoas não existem.

E muitas que deram ouvidos a essas fofocas e mentiras também ficaram contra mim gratuitamente e nunca vieram me perguntar o que de fato havia acontecido. Então desisto dessas também.

Realmente não consigo entender a razão de tudo isso – além da inveja e o fato de eu ter saído do sistema religioso doentio e mentiroso deles –, não consigo encontrar motivos, porque nunca fiz nada de mal contra essas pessoas, e se fiz, ninguém me diz [P.S.: Nunca ninguém me disse o que eu fiz contra eles de fato, NUNCA. Só ficam falando coisas abstratas, tipo que sou 'chata, boba, feia, carente, maluca, toma diazepam, incoerente, radical, certinha, metida, encrenqueira, herege, fanática, problemática...'. Às vezes me dizem: "Ah, você também errou", mas não dizem qual foi o erro, nunca me disseram o que eu fiz de CONCRETO, apesar de eu cansar de perguntar o que fiz de tão grave. Se me dissessem, eu poderia refletir, pedir perdão, não tenho o menor problema em reconhecer meus erros. Eu, ao contrário, disse a cada um o que fez de errado, mostro coisas concretas, fofocas e mentiras contra mim, falo diretamente e não fico dizendo coisas vagas, e pedi que se desculpassem, que desmentissem, que corrigissem o erro.]. Pelo contrário, algumas delas viviam me pedindo dinheiro emprestado e não pagavam, só me procuravam quando precisavam de favor. E quando deixei de falar com elas por causa das consequências graves de suas ações, elas se acharam no direito de mentir mais ainda sobre mim. Como das outras vezes em que me magoaram elas voltavam como se nada tivesse acontecido, e eu aceitava sem exigir pedido de perdão, talvez tenham acreditado que dessa vez eu faria a mesma coisa, só que dessa vez houve consequências graves para terceiros e eu decidi não querer assunto enquanto não repararem o mal que fizeram, aí devem ter ficado magoadinhas, mas elas é que mataram a galinha dos ovos de ouro. E cansei de ser feita de otária.

Enfim, eu confrontei o erro deles e perguntei o que fiz de errado, procurei, fiz minha parte. Não fiz como sempre fazia, fingindo que nada tinha acontecido, mas exigi que desmentissem, que consertassem a maldade. E por isso foram ficando com mais ódio. Só lamento, mas já escrevi várias vezes que nem o Eterno perdoa a quem não pediu perdão, e não sou melhor que ele. [P.S.: E novamente eu digo, minha consciência está tranquila, não sei de nada que tenha feito de mal a essas pessoas, mas se quiserem me dizer o que eu fiz de mal para cada um, o que eu fiz para despertar tanto ódio, estou pronta para ouvir e tentar explicar se for o caso, pedir perdão pelos meus erros. É só dizer.]. Enfim, eu tentei conversar, por e-mail, lógico, porque já expliquei neste outro texto que não converso por telefone, nem pessoalmente sem gravar [P.S.: Apesar de NINGUÉM me procurar para conversar pessoalmente, como gostam tanto de exigir], mas apesar de eu falar, falar, falar, ninguém me ouve. E estou mesmo desistindo de tentar esclarecer, não procuro mais ninguém para falar nada, estou colocando uma pedra em cima disso tudo e fingindo que essas pessoas não existem.

Se alguém que ouviu essas mentiras me procurar, posso perfeitamente esclarecer, explicar a verdade. Toda história tem dois lados e para julgar a pessoa precisa conhecer os dois lados. E precisa também colocar na balança o histórico de vida passada de cada um dos envolvidos antes de decidir em quem acreditar.

Eu só sei que terceiros continuam sofrendo por causa de uma dessas mentiras, gravemente, as consequências foram trágicas, e ninguém se levanta para dar um basta nisso. O tempo está passando e cada dia fica mais impossível restituir o que foi feito, o que os prejudicados perderam.

Mas eu não me importo mais, não foi a mim que prejudicaram, minha vida continua do mesmo jeito, e eu creio que aqui se faz, aqui se paga, e para mim o melhor travesseiro é uma consciência tranquila, e a minha está muito tranquila. Se elas conseguem dormir com essa culpa, são piores do que eu pensava, e que o Eterno traga arrependimento aos seus corações.

E se você ouviu alguma outra fofoca com meu nome e quiser esclarecer, é só me perguntar. Mas se prefere acreditar em fofoqueiros e mentirosos, sinto muito, saiba que eles estão mentindo e você está acreditando em mentiras.

P.S.: E a parte engraçada da história, se é que podemos dizer isso, porque é tudo muito trágico, é que pessoas que nem se bicavam muito bem, falavam mal umas das outras, não eram íntimas, de repente viraram amigas de berçário quando se uniram contra mim. Cobra engolindo cobra, vamos só esperar que se envenenem umas as outras.

P.S. do texto Perdoar não é tão simples como dizem:
Não sinto mágoa, amargura etc, o que sinto é indignação:
Quando falo sobre não perdoar quem não pede perdão, muita gente me olha com cara de espanto e outras até discordam e tentam "pregar" para mim, principalmente citando textos contrários à Torah. Até entendo que aprenderam errado sobre o conceito de perdão e ficam repetindo o que seus líderes falam na lavagem cerebral dominical. Mas não perdoar, ou não querer assunto, ou não querer comunhão, ou não querer conviver com a pessoa que foi cruel, feriu, agrediu, e NÃO se arrependeu, NÃO reconheceu o erro e NÃO pediu perdão, NÃO significa guardar mágoa, rancor, amargura no coração. Não mesmo. Posso perfeitamente não querer assunto com quem me feriu e ainda assim não ter ódio nem mágoa nem amargura, e tenho o direito de não querer conviver para não me violentar e para não dar chance de ser ferida de novo. Não sinto mágoa, amargura etc, o que sinto é indignação, decepção, é impotência diante da injustiça, é tristeza pela pessoa não se arrepender, por ver tanta dureza de coração, apesar de tantas vezes ter sido confrontada. E todos os sentimentos eu coloco diante do Eterno em oração, limpo meu coração diante dele, confesso todo desejo de justiça com as próprias mãos, confesso todo desejo mau do meu coração, confesso todo pensamento de violência, peço perdão pelas palavras de maldição que eu possa ter dito na hora do sangue quente, libero perdão para a pessoa em oração e peço que o Eterno perdoe a pessoa. E não oro pedindo justiça, oro pedindo arrependimento para a pessoa que me feriu, e pedindo misericórdia para mim. Não fico alimentando mágoa, mas também não vou fingir que nada aconteceu e "esquecer" o que a pessoa fez e restaurar comunhão com quem não pede perdão. Enfim, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. E repito, se nem o Eterno perdoa quem não se arrependeu e não pediu perdão, por que eu haveria de perdoar? Resumindo: não sou obrigada a conviver com pessoas que contribuíram para uma criança passar fome e não reconhecem que erraram, não pedem perdão e nem corrigem o erro. Mas posso e vou continuar dizendo que estão errados, vou continuar confrontando a maldade que fizeram, e isso não significa que estou com mágoa nem amargura, só significa que não vou me calar diante de uma injustiça e uma crueldade tão grandes.
P.S.: E indignação não é amargura. "Indignação: sentimento de cólera ou de desprezo experimentado diante de indignidade, injustiça, afronta" (Houaiss). Que eu não perca a capacidade de indignar-me, porque "quando eu perder a capacidade de indignar-me ante a hipocrisia e as injustiças deste mundo, enterre-me: por certo que já estou morto" (Augusto Branco).

sábado, 11 de janeiro de 2014

Dica de leitura: Mais uma linda história sem violência


sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

'Eu me sinto um estrangeiro'




Dica de leitura: Grande família em uma sociedade podre


quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Dica de leitura: 'Deem muito carinho"


segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Dica de leitura: Em meio a tantas histórias de violência, depois de uma história triste, uma história linda de sucesso


Nós pagamos por isso



domingo, 5 de janeiro de 2014

Dica de leitura: 'Você não entende por que as ativistas do parto são tão radicais?'


Dica de leitura: 'Tempo que foge!'


sábado, 4 de janeiro de 2014

Há 100 anos, São Paulo 37°


Rio de Janeiro 50°


sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Enquanto isso, fora do Brasil...


quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Bebês modernos


Dica de leitura: Sem glúten, sem problemas?


'Quem é tua Cobertura?'

Trecho da introdução do livro Quem é tua Cobertura?, de Frank A. Viola

A “cobertura” está coberta pela Bíblia?

É surpreendente que a palavra “cobertura” apareça apenas uma vez em todo o NT. É usada referindo-se à cabeça coberta da mulher (1 Cor. 11:15). Ao passo que o Antigo Testamento (AT) utiliza pouco este termo, sempre o emprega referindo-se a uma peça do vestuário natural. Nunca é utilizado de maneira espiritual ligando-o a autoridade e submissão.

Portanto, a primeira coisa que podemos dizer acerca da “cobertura” é que há escassa evidência bíblica para construir-se uma doutrina. Não obstante, incontáveis cristãos repetem como papagaios à pergunta “quem-é-tua-cobertura?” e insistem nela como se fosse a prova do ácido que mede a autenticidade de uma igreja ou ministério.

Se a Bíblia silencia com respeito à ideia da “cobertura” o que é que se pretende dizer com a pergunta, “Quem é tua cobertura”? A maioria (se insistíssemos) formularia esta mesma pergunta em outras palavras: “A quem você presta contas?”.

Mas isso suscita outro ponto difícil. A Bíblia nunca remete a prestação de contas a seres humanos, mas exclusivamente a Deus! (Mat. 12:36; 18:23; Luc. 16:2; Rom. 3:19; 14:12; 1 Cor. 4:5; Heb. 4:13; 13:17; 1 Ped. 4:5).

Por conseguinte, a sadia resposta bíblica à pergunta “a quem prestas contas?” é bem simples: “presto contas à mesma pessoa que você, a Deus”. Assim, pois, é estranho que tal resposta provoque tantos mal entendidos e falsas acusações.

Deste modo, embora o tom e o timbre do “prestar contas” difira apenas da “cobertura”, a cantilena é essencialmente a mesma, e sem dúvida não harmoniza com o inconfundível canto da Escritura.

Trazendo à luz a verdadeira pergunta que se esconde atrás da cobertura 

Ampliemos um pouco mais a pergunta. Que é que se pretende realmente dizer na pergunta acerca da “cobertura”? Permito-me destacar que a verdadeira pergunta é, “Quem te controla?”.

O (maléfico) ensino comum acerca da “cobertura” realmente se reduz a questões acerca de quem controla quem. De fato, a moderna igreja institucional está construída sobre este controle.

Consequentemente, a gente raras vezes reconhece que é isto que está na base da questão, pois se supõe que este ensino esteja bem ancorado nas Escrituras. São muitos os cristãos que crêem que a “cobertura” é apenas um mecanismo protetor.

Assim, pois, se examinarmos o ensino da “cobertura”, descobriremos que está baseado em um estilo de liderança do tipo cadeia de comando hierárquico. Neste estilo de liderança, os que estão em posições eclesiásticas mais altas exercem um domínio tenaz sobre os que estão debaixo deles. É absurdo que por meio deste controle de direção hierárquica de cima para baixo se afirme que os crentes estejam protegidos do erro.

O conceito é mais ou menos o seguinte: todos devem responder a alguém que está em uma posição eclesiástica mais elevada. Na grande variedade das igrejas evangélicas de pós guerra, isto se traduz em: os “leigos” devem prestar contas ao pastor. Que por sua vez deve prestar contas a uma pessoa que tem mais autoridade.

O pastor, tipicamente, presta contas à sede denominacional, a outra igreja (muitas vezes chamada de “igreja-mãe”), ou a um obreiro cristão influente a quem considera ter um posto mais elevado na pirâmide eclesiástica.

De modo que o “leigo” está “coberto” pelo pastor, e este, por sua vez, está “coberto” pela denominação, a igreja-mãe, ou o obreiro cristão. Na medida que cada um presta contas a uma autoridade eclesiástica mais elevada, cada um está protegido (“coberto”) por essa autoridade. Esta é a ideia.

Este padrão de “cobertura-responsabilidade em prestar contas” se estende a todas as relações espirituais da igreja. E cada relação é modelada artificialmente para que encaixe neste padrão. É vedada qualquer relação fora disto – especialmente dos “leigos” com respeito aos “líderes”.

Mas esta maneira de pensar gera as seguintes perguntas: Quem cobre a igreja-mãe? Quem cobre a sede denominacional? Quem cobre o obreiro cristão?

Alguns oferecem a fácil resposta de que Deus é quem cobre estas autoridades “mais elevadas”.

Mas esta resposta enlatada demanda outra questão: O que impede que Deus seja diretamente a “cobertura” dos “leigos”, ou mesmo do pastor?

Sem dúvida, o problema real com o modelo “Deus-denominação-clero-leigos” vai bem além da lógica incoerente e danosa a que esta conduz. O problema maior é que este modelo viola o espírito do Novo Testamento, porque por trás da retórica piedosa de “prover da responsabilidade de prestar contas” e de “ter uma cobertura”, surge um ameaçador sistema de governo que carece de sustento bíblico e que é impulsionado por um espírito de controle.

[Grifos meus]